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Economia

- Publicada em 03 de Outubro de 2016 às 17:32

Nível de endividamento dos gaúchos sobe em setembro

Redução da renda é um dos empecilhos para a quitação de contas

Redução da renda é um dos empecilhos para a quitação de contas


JONATHAN HECKLER/JC
O nível de endividamento dos gaúchos voltou a subir em setembro, apresentando alta nos grupos que recebem até 10 salários-mínimos e acima desse teto. O percentual de famílias endividadas no período foi de 62,5%, contra 55,1% no mesmo mês de 2015. Esse é o segundo mês consecutivo em que ocorre a elevação dos indicadores, segundo a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), divulgada ontem pela Federação do Comércio de Bens e de Serviços do Estado do Rio Grande do Sul (Fecomércio-RS).
O nível de endividamento dos gaúchos voltou a subir em setembro, apresentando alta nos grupos que recebem até 10 salários-mínimos e acima desse teto. O percentual de famílias endividadas no período foi de 62,5%, contra 55,1% no mesmo mês de 2015. Esse é o segundo mês consecutivo em que ocorre a elevação dos indicadores, segundo a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), divulgada ontem pela Federação do Comércio de Bens e de Serviços do Estado do Rio Grande do Sul (Fecomércio-RS).
O presidente da Fecomércio-RS, Luiz Carlos Bohn, destacou, no entanto, que os fatores condicionantes do endividamento voluntário, taxa de juros, nível de confiança e restrições de oferta continuam contribuindo para conter a formação de novas dívidas. "Por outro lado, as restrições da renda real seguem pressionando a tomada de novas dívidas em função da necessidade das famílias", ponderou Bohn.
A inadimplência também registrou aumento em seus indicadores, o que sugere que as famílias continuam sendo afetadas pela conjuntura econômica restritiva que reduz o poder de compra, estimula o não pagamento de contas e dificulta a saída da condição de inadimplência. A Peic de setembro mostra que a parcela da renda comprometida com dívidas permaneceu no mesmo patamar em 12 meses, em 32,1%. Na mesma base comparativa, o tempo de comprometimento da dívida manteve-se em 7,6 meses. O cartão de crédito ainda é o principal meio de dívida dos gaúchos, apontado por 75,0% dos entrevistados, seguido por carnê (28,2%), cheque especial (10,4%) e financiamento de veículos (10%).
O percentual de famílias com contas em atraso em setembro ficou em 26,5%, contra 22,8% verificados no mesmo mês do ano passado. "Apesar de o ritmo de deterioração do mercado de trabalho estar diminuindo, há um universo muito grande de desempregados, e a renda real das famílias teve forte redução nos últimos meses, fatores que estimulam a inadimplência", destacou o presidente da Fecomércio-RS.
O índice de famílias que não terão condições de regularizar nenhuma parte de suas dívidas no horizonte de 30 dias atingiu 15,1% em setembro, alta na comparação com o mesmo mês de 2015 (11,2%). "O resultado revela que, para um maior número de famílias, tem ficado mais difícil sair da inadimplência, especialmente para o grupo de pessoas com maior renda", afirma Bohn.
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