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Repórter Brasília

- Publicada em 01 de Novembro de 2016 às 01:01

O grande vencedor

O segundo turno confirmou todas as tendências que vinham se desenhando desde junho. Quem ganhou foi ninguém. O número de votos brancos e nulos e abstenções foi maior que a votação em Porto Alegre, Rio de Janeiro (RJ) e Belo Horizonte (MG). Nelson Marchezan Júnior (PSDB) teve 402.165 votos. A soma entre brancos, nulos e abstenções foi de 433.751 votos. Porto Alegre teve abstenção de 25,26% dos eleitores e cerca de 19% de votos brancos e nulos. No Rio de Janeiro, Marcelo Crivella (PRB) teve o total de 1.700.030 votos (59,36% dos votos válidos). A soma entre brancos, nulos e abstenções foi de 2.034.352 votos. Chamou atenção o número de ausentes (26,85% do total do eleitorado) nas eleições. Entre os que votaram, mais de 20% anularam o voto. A guinada à direita, com o PSDB elegendo o maior número de prefeitos no País e o PT despencando, teve uma grande ajuda dos que estavam irritados ou desesperançosos demais para ir votar.
O segundo turno confirmou todas as tendências que vinham se desenhando desde junho. Quem ganhou foi ninguém. O número de votos brancos e nulos e abstenções foi maior que a votação em Porto Alegre, Rio de Janeiro (RJ) e Belo Horizonte (MG). Nelson Marchezan Júnior (PSDB) teve 402.165 votos. A soma entre brancos, nulos e abstenções foi de 433.751 votos. Porto Alegre teve abstenção de 25,26% dos eleitores e cerca de 19% de votos brancos e nulos. No Rio de Janeiro, Marcelo Crivella (PRB) teve o total de 1.700.030 votos (59,36% dos votos válidos). A soma entre brancos, nulos e abstenções foi de 2.034.352 votos. Chamou atenção o número de ausentes (26,85% do total do eleitorado) nas eleições. Entre os que votaram, mais de 20% anularam o voto. A guinada à direita, com o PSDB elegendo o maior número de prefeitos no País e o PT despencando, teve uma grande ajuda dos que estavam irritados ou desesperançosos demais para ir votar.
Base fragmentada
As eleições confirmaram também um cenário agridoce para o presidente Michel Temer. A base dele saiu muito fortalecida, o que permitirá voos mais altos em 2018. Há uma relação entre o número de prefeitos eleitos de um partido e o tamanho da bancada dessa mesma legenda na Câmara dos Deputados no pleito posterior. Os partidos da base de Temer conseguiram, por uma margem larga, a maioria esmagadora das prefeituras. Em compensação, quem saiu fortalecido foram os partidos pequenos. A base está muito mais fragmentada, e o carrasco dos grandes partidos foi o universo gigantesco de pequenas legendas. "É um fenômeno dessa década de 2010. A gente pode inferir que isso é uma consequência da crise política, uma bagunça maior nos partidos políticos majoritários na mira da Operação Lava Jato, que estão sofrendo o impacto das investigações. Isso abre espaço para outras legendas", disse o cientista político e professor do curso de relações internacionais da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) Maurício Santoro.
Reforma urgente
O cientista político Carlos Ranulfo, coordenador do Centro de Estudos Legislativos da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) apontou um exemplo simples: as capitais. "Basta pegar as capitais: temos 13 ou 14 partidos à frente das capitais. É muito, se levar em conta que, até 2014, sempre trabalhamos com três partidos mais fortes: PT, PSDB e PMDB. É uma fragmentação do sistema partidário que é fruto da queda do PT. O aspecto mais característico dessa eleição é a continuidade da fragmentação. Se não houver reforma política em 2017, em 2018, vamos ter uma expansão maior ainda no número de partidos", disse.
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