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Observador

- Publicada em 17 de Outubro de 2016 às 22:52

O problema do Mercosul

O 34º Encontro Econômico Brasil-Alemanha, que se encerra hoje, em Weimar, na Alemanha, deverá divulgar um documento com propostas de acordo entre as entidades industriais dos dois países. Uma das que mais foi lembrada nos debates desta segunda-feira foi o acordo entre Mercosul e União Europeia. O problema é que o Mercosul está muito atrasado como bloco. É apenas um mercado comum com tarifa externa comum, o que exige consenso de seus integrantes para qualquer acordo bilateral, muito difícil de acontecer. E, por isso, só há um, com Israel. Enquanto isso, o Chile (fora do Mercosul) já tem mais de 60, o Peru chega a 20, todos com a Ásia por causa do Pacífico, e o México e a Colômbia iniciando os seus.
O 34º Encontro Econômico Brasil-Alemanha, que se encerra hoje, em Weimar, na Alemanha, deverá divulgar um documento com propostas de acordo entre as entidades industriais dos dois países. Uma das que mais foi lembrada nos debates desta segunda-feira foi o acordo entre Mercosul e União Europeia. O problema é que o Mercosul está muito atrasado como bloco. É apenas um mercado comum com tarifa externa comum, o que exige consenso de seus integrantes para qualquer acordo bilateral, muito difícil de acontecer. E, por isso, só há um, com Israel. Enquanto isso, o Chile (fora do Mercosul) já tem mais de 60, o Peru chega a 20, todos com a Ásia por causa do Pacífico, e o México e a Colômbia iniciando os seus.
Mais dificuldades
Sem acordos bilaterais, é difícil ao empresário brasileiro exportar produto manufaturado, ante os que têm, lembra o professor Luís Felipe Maldaner, da Unisinos. Estes possuem cada um sua lista de tributação decrescente em 10 anos até chegar a zero. E o Brasil está amarrado pelo bloco.
Uma gestão central
Outra mudança importante para o Mercosul é criar uma gestão central, como tem a União Europeia, onde um negociador representa os 27 países. Mas quem tem que tomar a iniciativa das alterações é o Brasil, que representa 75% do Mercosul, porque, se ele começar, os demais integrantes do bloco o seguirão.
Desindustrialização
Ministro de Economia e Ciências de Thuríngia, na Alemanha, Wolfgang Tiefensee, fez um paralelo entre a desindustrialização da sua província e a do Brasil, para dizer que, em 25 anos, a partir da queda do muro de Berlim, Turíngia se recuperou e hoje sua taxa de desemprego é menor do que a nacional. Ou seja, não é eterna.
Os dois centenários
A cidade de Weimar vai comemorar, em 2019, dois importantes centenários: o da Constituição da República de Weimar e do movimento Bauhaus, criado pelo arquiteto Walter Gropius, que se tornou uma das correntes de maior influência no design moderno, tendo sido perseguido pelo nazismo. Ele transferiu-se, em 1925, para Dresden e, em 1932, para Berlim.
Atraso brasileiro na indústria 4.0
Está cada vez mais evidente que o mundo atravessa a quarta revolução industrial, ou Indústria 4.0, onde as máquinas e objetos falam entre si através da internet. A CNI fez uma pesquisa nacional, no começo deste ano, com 2.225 empresas sobre a adoção ou não de 10 tipos de tecnologias digitais e seu uso em diferentes estágios da cadeia industrial. E a resposta de 52% foi que não utilizam nenhuma e 42% que não sabem para que servem, contou o gerente executivo da política industrial, João Emílio Gonçalves, no encontro de Weimar. O problema é que países como Alemanha e EUA, entre outros, já avançaram muito nesta revolução, e o Brasil, mais uma vez, chega atrasado.
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