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Aviação

- Publicada em 20 de Outubro de 2016 às 21:42

Aéreas investem em jatos mais econômicos

Primeiro jato A320neo recebido pela Avianca

Primeiro jato A320neo recebido pela Avianca


Airbus Divulgação/JC
Uma busca incessante das companhias aéreas, a economia de combustível vai avançar a partir deste ano com a chegada de uma nova geração de aeronaves de motor mais eficiente às frotas que operam no Brasil. A Avianca Brasil já recebeu na semana passada seu primeiro A320neo, um avião da fabricante Airbus cujo motor tem tecnologia para diminuir em pelo menos 15% a queima do querosene de aviação.
Uma busca incessante das companhias aéreas, a economia de combustível vai avançar a partir deste ano com a chegada de uma nova geração de aeronaves de motor mais eficiente às frotas que operam no Brasil. A Avianca Brasil já recebeu na semana passada seu primeiro A320neo, um avião da fabricante Airbus cujo motor tem tecnologia para diminuir em pelo menos 15% a queima do querosene de aviação.
Ele também é equipado com o dispositivo "sharklet", uma curva na ponta da asa cujo design reduz o arrasto, proporcionando economia no combustível a queimado. No total, 62 aviões do mesmo modelo foram encomendados pela Avianca Brasil para os próximos anos.
Há cerca de um mês, foi a Latam quem recebeu seu A320neo, que já está operando nas rotas domésticas no Brasil e a partir de novembro vai alcançar as rotas regionais na América do Sul. Na Latam, a encomenda é de 55 aviões.
A Azul também aguarda a chegada de 35 desses novos jatos, na mesma tendência de busca de eficiência no consumo de combustível, em um momento em que as companhias brasileiras diminuem a oferta de assentos e voos para reagir à queda na demanda provocada pela crise.
A Gol buscou uma solução em parceria com a fabricante Boeing, os chamados Short Field Performance, uma tecnologia para melhorar o desempenho dos aviões que operam em pistas curtas.
A tendência é mundial, segundo Rafael Alonso, presidente para América Latina e Caribe da Airbus. No mundo, a empresa já tem uma carteira de pedidos de mais de 4.500 neos para 87 clientes.
No Brasil, o papel dessa tecnologia é acentuado. Segundo a Abear (Associação Brasileira das Empresas Aéreas), o querosene de aviação representa cerca de 38% dos gastos operacionais das empresas no Brasil, uma proporção elevada se comparada à média mundial, que fica em pouco mais de 25%.
A compra de aviões com turbinas mais eficientes é vista pelas empresas aéreas brasileiras como mais uma alternativa enquanto alimentam esperanças de redução de tributos. Atualmente, tramita no Senado um projeto para reduzir para 12% o teto do ICMS cobrado do querosene de aviação. Em alguns estados, como São Paulo, o teto do ICMS chega a 25%.
O desenvolvimento de métodos para economizar combustível é um esforço constante no setor. Geralmente abrange tecnologias que visam diminuir o peso embarcado, como cardápios de alimentos que pesam menos ou substituir manuais de papel nas aeronaves por versões digitais.
Mas há quem proponha soluções menos cordiais ao passageiro. Recentemente, a empresa Samoa Air causou polêmica ao anunciar que passaria a cobrar passagens pelo peso do passageiro. Até a tinta que pinta as logomarcas pode diminuir o consumo de combustível.
Em abril, quando a Latam estreou sua nova marca global, resultante da consolidação entre LAN e TAM, a empresa anunciou que trocaria a imagem exterior de mais de 50 aeronaves neste ano, com uma nova tecnologia de pintura, 25% mais leve que a convencional, gerando redução média de 20 quilos nos aviões.
Segundo a Latam, para um Boeing-787, por exemplo, são usados 300 litros de tinta e 150 litros da nova tecnologia "clearcoat", verniz que protege de temperaturas extremas e desgaste aerodinâmico.

Galeão busca novos sócios para substituir a Odebrecht

 LUIZ ROCHA, PRESIDENTE DA CONCESSIONÁRIA RIOGALEÃO, FALA SOBRE AS OBRAS DE MELHORIA DA INFRAESTRUTURA DO AEROPORTO QUE CHEGA A 60% A MENOS DE UM ANO DOS JOGOS OLÍMPICOS (TÂNIA RÊGO AGÊNCIA BRASIL)

LUIZ ROCHA, PRESIDENTE DA CONCESSIONÁRIA RIOGALEÃO, FALA SOBRE AS OBRAS DE MELHORIA DA INFRAESTRUTURA DO AEROPORTO QUE CHEGA A 60% A MENOS DE UM ANO DOS JOGOS OLÍMPICOS (TÂNIA RÊGO AGÊNCIA BRASIL)


TÂNIA RÊGO/ABR/JC
As concessionárias estão buscando soluções de mercado para não terem que devolver os negócios da forma como está sendo proposto pelo governo. Na semana passada, o presidente do Rio-Galeão que administra o Aeroporto Internacional Tom Jobim, Luiz Rocha, confirmou que o consórcio está em tratativas com operadores aeroportuários que podem se tornar sócios até no lugar da Odebrecht.
"Há sim possibilidade de buscarmos novos sócios. A Changi tem participação em outros aeroportos no mundo com parceiros de primeira linha e temos tratativas para trazê-los para o Galeão, inclusive caso a Odebrecht queira deixar o consórcio", disse Rocha após encontro com o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles. A Changi, de Cingapura, já teria dois potenciais investidores em vista.
Atualmente, a Infraero detém 49% de participação no Galeão, enquanto o consórcio Rio-Galeão tem os outros 51%. Dessa parcela, a Odebrecht é responsável por 60% e a Changi pelos 40% restantes. O contrato de concessão de 25 anos tem outorga de R$ 19 bilhões e a segunda parcela, no valor de R$ 930 milhões, deveria ter sido paga em abril, mas o consórcio conseguiu adiar para o fim deste ano.
Um rearranjo societário no aeroporto fluminense, combinado com a liberação do financiamento de longo prazo e a aceitação, pelo governo, de um novo cronograma para o pagamento da outorga de R$ 19 bilhões é a solução no qual o consórcio aposta suas fichas para manter o negócio. Segundo Rocha, as negociações com o Bndes para a obtenção de um empréstimo até o fim do ano devem garantir o pagamento da parcela de 2016 da outorga. Esse financiamento do Bndes seria de R$ 1,5 bilhão, além de R$ 400 milhões em debêntures.
Para as outras concessionárias em maior dificuldade, a devolução pode ser uma alternativa. Mas há muitas dúvidas sobre como elas serão indenizadas pelos investimentos realizados. É isso que elas aguardam para analisar mais a fundo a possibilidade.
Já a parte da MP que autorizará a realização de investimentos não previstos em concessões em andamento, em troca de uma renovação antecipada do contrato, precisa de fortalecimento na base legal, segundo avaliam empresas do setor.
O Tribunal de Contas da União (TCU) tem barrado arranjos do tipo, principalmente porque as empresas que pleiteiam a possibilidade deixaram de fazer os investimentos previstos em contratos. A avaliação das concessionárias é que, sem maior segurança jurídica, será difícil à Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) autorizar os acordos.