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Empresas & Negócios

- Publicada em 18 de Outubro de 2016 às 15:42

Seprorgs completa três décadas de olho no futuro

Diogo Rossato é sócio-diretor da ViaFlow e da Jump to Cloud

Diogo Rossato é sócio-diretor da ViaFlow e da Jump to Cloud


FREDY VIEIRA/JC
Patricia Knebel
E lá se vão três décadas desde que o Sindicato das Empresas de Informática do Rio Grande do Sul (Seprorgs) foi fundado, em 1986. Era uma época de efervescência política e dos birôs de serviços e outros negócios, que começavam a sentir o peso da organização sindical dos trabalhadores. A pressão era exercida principalmente por meio de greves, o que levou à necessidade de criação de uma entidade para proteger as empresas. Muita coisa mudou desde lá. As relações de trabalho, a importância da tecnologia para a sobrevivência das corporações, o cenário político e econômico do Brasil - apenas para citar algumas. Tudo isso levou a entidade a se reposicionar. A palavra sindicato quase não é mais usada. A assinatura ganhou um reforço: Seprorgs - Plataforma de negócios e representatividade. Cada vez mais interessado em fazer parte da economia digital, o Seprorgs lançou um app para aproximar empresas e compradores de tecnologia. À frente do desafio de tornar a entidade ainda mais colaborativa e participante ativa do ecossistema de tecnologia está Diogo Rossato, 37 anos, casado e prestes a se tornar papai pela primeira vez. Formado em Administração com ênfase em Análise de Sistemas e sócio-diretor da ViaFlow e da Jump to Cloud, ele assumiu no início do ano, para liderar a gestão de 2016 a 2017. Além da tecnologia e da família, outro tema está sempre presente no dia a dia do executivo: a gastronomia. "Sou de família italiana, adoro cozinhar, e a minha última invenção é o churrasco de pizza", brinca.
E lá se vão três décadas desde que o Sindicato das Empresas de Informática do Rio Grande do Sul (Seprorgs) foi fundado, em 1986. Era uma época de efervescência política e dos birôs de serviços e outros negócios, que começavam a sentir o peso da organização sindical dos trabalhadores. A pressão era exercida principalmente por meio de greves, o que levou à necessidade de criação de uma entidade para proteger as empresas. Muita coisa mudou desde lá. As relações de trabalho, a importância da tecnologia para a sobrevivência das corporações, o cenário político e econômico do Brasil - apenas para citar algumas. Tudo isso levou a entidade a se reposicionar. A palavra sindicato quase não é mais usada. A assinatura ganhou um reforço: Seprorgs - Plataforma de negócios e representatividade. Cada vez mais interessado em fazer parte da economia digital, o Seprorgs lançou um app para aproximar empresas e compradores de tecnologia. À frente do desafio de tornar a entidade ainda mais colaborativa e participante ativa do ecossistema de tecnologia está Diogo Rossato, 37 anos, casado e prestes a se tornar papai pela primeira vez. Formado em Administração com ênfase em Análise de Sistemas e sócio-diretor da ViaFlow e da Jump to Cloud, ele assumiu no início do ano, para liderar a gestão de 2016 a 2017. Além da tecnologia e da família, outro tema está sempre presente no dia a dia do executivo: a gastronomia. "Sou de família italiana, adoro cozinhar, e a minha última invenção é o churrasco de pizza", brinca.
JC Empresas & Negócios -
Como é estar à frente do Seprorgs neste momento de transformação digital dos negócios?
Diogo Rossato - É um grande desafio, pois há uma transformação no mundo com o surgimento de novos modelos de negócios e de tecnologias. Isso exige uma adaptação rápida das pessoas. Aliás, esse é um foco importante desta gestão. As empresas, cada vez mais, vão precisar de profissionais qualificados e alinhados com as novas estratégias desse cenário de mudança. A automatização e robotização forçam a evolução do ser humano para atividades mais inteligentes e os profissionais precisam estar preparados para isso.
Empresas & Negócios - Como tem sido essa evolução do conceito de sindicato para uma plataforma de negócios?
Rossato - A representatividade é o nosso core business. Mas, nos últimos anos, vimos a necessidade de nos reposicionarmos para atender às demandas atuais dos nossos associados, e que extrapolam as questões sindicais. Estamos sempre atentos para os temas relacionados às convenções coletivas de trabalho, mas partimos, nos últimos anos, rumo a uma atuação como entidade de classe de alto valor agregado. Queremos ajudar a promover um ambiente propício de desenvolvimento das companhias que representamos. Desenvolvemos o conceito de plataforma de negócios e lançamos um aplicativo que funciona como um ambiente para aproximar compradores e fornecedores. Criamos novas diretorias, como a de Startups e de Desenvolvimento Humano, remodelamos os eventos e estamos focados em oferecer novos benefícios e treinamento. É um trabalho que vem sendo feito nos últimos anos e que agora tem continuidade, além de novos desafios. Queremos contribuir com o desenvolvimento do setor como um todo, o que também tem sido feito com a aproximação com entidades, empresas, área acadêmica e governos.
Empresas & Negócios - Que resultados para os associados o Seprorgs projeta com a criação da diretoria de startups?
Rossato - A ideia é que seja um canal para a geração de oportunidades de negócios para as empresas consolidadas e também para os players nascentes que estão surgindo, gerando um aquecimento da economia. Em conversas com as associações de startups, vimos que existe uma grande demanda das jovens companhias por conhecimentos de gestão, para que assim os projetos tenham uma perspectiva de crescimento contínuo. Essa é uma contribuição que empresários experientes podem dar, por meio de mentoring. Ao mesmo tempo, essas companhias mais estruturadas podem enxergar nas startups oportunidades de revitalizar os seus negócios e até fazer investimentos, gerando novos negócios.
Empresas & Negócios - Como o aplicativo de TI vai estimular novos negócios?
Rossato - Temos 300 associados, e mais de 100 estão cadastrados nessa plataforma, que foi criada para aproximar compradores de fornecedores de tecnologia. As empresas oferecem, e os demandantes buscam, por meio de busca de uma palavra-chave, a área de interesse. Essa ferramenta vai apoiar, especialmente, as operações de pequeno e médio portes de todos os segmentos, que, muitas vezes, nem possuem uma área comercial estruturada e acabam enfrentando dificuldades para comprar soluções e serviços de TI. Consequentemente, vai gerar novos oportunidades para as nossas associadas.
Empresas & Negócios - Quais são as principais pautas legislativas que podem afetar o setor de Tecnologia da Informação?
Rossato - Uma delas é a questão da desoneração da folha de pagamento. Somos a favor, porém, da forma como está estruturada hoje, tende a favorecer as multinacionais que possuem centros de treinamento e que não pagam a Previdência. Isso gera desequilíbrios, já que as empresas nacionais pagam - saímos de 2,5% para 4,5% em 2015, e o medo é que aumente ainda mais em função do rombo da Previdência. Temos produzido notas técnicas e reforçado os contatos com os deputados para mostrar ao governo que é preciso fazer uma cobrança igual. Outro tema importante é a regularização dos serviços complementares ou especiais (terceirização) e do teletrabalho.
Empresas & Negócios - Qual a perspectiva em relação à regularização do home office?
Rossato - O Brasil precisa atualizar a sua Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e, dentro dessa perspectiva, está a possibilidade de as pessoas poderem optar por trabalhar em casa sem que isso represente riscos jurídicos para as corporações. Quem critica essa ideia usa o argumento de que queremos que as pessoas trabalhem 24 horas. Mas não é nada disso. Pode-se pensar em manter as 40 ou 44 horas semanais, mas dando a opção de home office. Pesquisas mostram que os colaboradores gostariam de ter essa flexibilidade. O ideal seria conseguirmos construir algo em conjunto com os próprios funcionários.
Empresas & Negócios - Quais são os outros desafios para o trabalho remoto?
Rossato - Independentemente da questão da legislação, esse modelo se baseia em uma relação de confiança. Na economia colaborativa, cada vez é mais obrigatório acreditar nas pessoas. A tecnologia vai ajudar na definição de um modelo bem definido de trabalho remoto, balizado por entregas, e não por disponibilidade. É um movimento que precisa ser construído, mas que vai valer a pena, inclusive porque vai gerar melhorias até mesmo na infraestrutura das cidades.
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