Moradores do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná vão se deparar com urnas espalhadas pelas ruas neste sábado, 1 de outubro. Neste dia, o movimento "O Sul é o meu país" fará uma consulta popular sobre a possibilidade de separar esses três estados do restante do Brasil. Na prática, a intenção é saber se a população concorda com a proposta do grupo de criar um novo país.
O movimento não é novo. Surgiu em 1992, inspirado em levantes separatistas como a Revolução Farroupilha - ocorrida entre 1835 e 1845. Ganhou adeptos nos últimos anos e hoje contabiliza 25 mil pessoas filiadas.
O movimento está presente de forma organizada em 963 cidades do Sul. Originalmente, a proposta era disponibilizar 4 mil urnas em todos os 1.191 municípios dos três estados. O movimento gastou R$ 100 mil para organizar a consulta popular. Só as urnas custaram R$ 16 mil.
Para o promotor Rodrigo Zilio, responsável pelo Gabinete de Assessoramento Eleitoral do Ministério Público no Rio Grande do Sul, a consulta proposta pelo movimento, embora seja permitida, carece de legalidade jurídica e é inapropriado em relação à sua forma, porque uma consulta popular não poderia ser convocada por um movimento nessas circunstâncias.