Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

eleições 2016

- Publicada em 29 de Setembro de 2016 às 17:24

Crime organizado preocupa Mendes

Ministro Gilmar Mendes

Ministro Gilmar Mendes


MARCELO CAMARGO/ABR/JC
Ao reforçar, nesta quinta-feira, a necessidade de investigação dos assassinatos de candidatos que participam das eleições deste ano, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Gilmar Mendes, também manifestou preocupação com a participação do crime organizado no processo eleitoral. Questionado se poderia ser feito algo para impedir isso, Mendes respondeu que não há como impedir que pessoas ligadas a milícias, ao narcotráfico ou a facções se candidatem, a menos que haja algum fato capaz de impugnar as candidaturas. Para o ministro, as investigações têm que ser feitas com muito cuidado, e a imprensa pode ajudar também.
Ao reforçar, nesta quinta-feira, a necessidade de investigação dos assassinatos de candidatos que participam das eleições deste ano, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Gilmar Mendes, também manifestou preocupação com a participação do crime organizado no processo eleitoral. Questionado se poderia ser feito algo para impedir isso, Mendes respondeu que não há como impedir que pessoas ligadas a milícias, ao narcotráfico ou a facções se candidatem, a menos que haja algum fato capaz de impugnar as candidaturas. Para o ministro, as investigações têm que ser feitas com muito cuidado, e a imprensa pode ajudar também.
"A polícia e os órgãos de investigação têm que dar atenção a esses desdobramentos. Não é possível simplesmente impedir que essas pessoas se candidatem se elas não forem atingidas por lei de inelegibilidade ou não estiverem respondendo a um processo que pudesse levar a uma eventual impugnação. É preciso que isso seja examinado com cuidado, mas aí acho que a própria imprensa pode ajudar muito o Brasil, porque a última coisa que podemos desejar é a presença do crime organizado no sistema político", afirmou Mendes.
O ministro disse que esteve duas vezes na baixada fluminense, no Rio, para conversar com as autoridades sobre a "situação conflitada", com a presença de milícias, crime organizado, narcotráfico. Segundo Mendes, autoridades do Rio informaram que parte dos crimes contra pré-candidatos pode não estar ligada diretamente à política, mas que a preocupação existe, justamente pela possibilidade de participação do crime organizado no governo.
"As autoridades do Rio disseram que havia disputas e algumas atividades ligadas ao crime comum na cidade. Mas, quando há envolvimento de milícias, do narcotráfico e de alguns candidatos, temos outra preocupação, que é o crime organizado participando do processo eleitoral. Isso é realmente algo delicado."
Gilmar Mendes comentou ainda que havia uma preocupação muito grande com o recrudescimento da violência no Rio causado pela presença da Força Nacional, alocada na cidade para garantir a segurança dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos. Mas o ministro acredita que a presença dos militares pode ter garantido um quadro mais moderado de violência no período que antecede as eleições.
O presidente do TSE também voltou a falar do episódio envolvendo o assassinato do candidato a prefeito de Itumbiara (GO) Zé Gomes. "Estamos também acompanhando com muita atenção e cuidado e pedindo que as investigações sejam as mais prontas possíveis nesse episódio ocorrido em Goiás. s investigações estão sendo feitas, mas parece estar associado a um contexto ou atuação política. Isso será devidamente esclarecido, mas realmente se trata de um episódio chocante e deplorável".
 

TSE encontra R$ 300 milhões em doações suspeitas, feitas até por mortos

Na semana que antecede as eleições municipais deste ano, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) detectou doações suspeitas a candidatos que somam mais de R$ 300 milhões feitas por desempregados, beneficiários do Bolsa Família e até mortos.
O grande número de pessoas com renda incompatível ao valor doado é um dos principais pontos que chamaram a atenção do TSE e do Tribunal de Contas da União (TCU).
Os dados são fruto do cruzamento das informações entre as prestações de contas dos candidatos e o banco de dados de órgãos federais. Foram encontrados 46,6 mil doadores desempregados, 22,3 mil beneficiários do Programa Bolsa Família e 143 falecidos.
 

Morte de candidato é 'chocante e deplorável', diz ministro

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Gilmar Mendes, considerou um "episódio chocante e deplorável" o atentado ocorrido na quarta-feira ao candidato a prefeito de Itumbiara (GO) José Gomes da Rocha (PTB) e o vice-governador, José Eliton. O candidato morreu, e o vice-governador foi baleado e está internado. Eles participavam de uma carreata do candidato à prefeitura. Mendes disse que ainda não foi identificado o motivo da violência durante as campanhas para as eleições deste ano. No Rio, por exemplo, 16 candidatos foram assassinados nesta campanha eleitoral. A polícia investiga grupos paramilitares, como as milícias e o tráfico de drogas.

Pleito terá 25 mil militares atuando em 14 estados

O ministro da Defesa, Raul Jungmann, afirmou, nesta quinta-feira, que as Forças Armadas atuarão com efetivo "acima da média" nas eleições municipais de domingo, com pelo menos 25 mil homens em 408 cidades do País. O número, explica, é maior que a média histórica registrada pela Justiça Eleitoral, de cerca de 300 municípios a cada disputa.
"Há um crescimento, sim (da demanda), porque a média histórica ficaria em torno de 300 ou 300 e poucos municípios, e já estamos com 408, engajando 25 mil homens em 14 estados. Esse número não é final, porque novos municípios devem ser apontados pela Justiça Eleitoral até o fim da semana", disse Jungmann após reunião com o presidente Michel Temer (PMDB) no Palácio do Planalto.
Apesar disso, o ministro afirma que os casos de violência nas campanhas eleitorais, que resultaram no assassinato de um candidato a prefeito no interior de Goiás nesta quarta (28), são "questões policiais", e não de responsabilidade da Defesa.
"A gente tem visto ações lamentáveis de violência cometidas, embora ressalvando que são questões de polícia. O papel que desempenhamos a pedido da Justiça Eleitoral é dar tranquilidade durante o processo de votação e apuração", disse o ministro. "(Os casos) merecem uma reflexão, sem sombra de dúvidas, porque chamam a atenção e nos preocupam a todos", completou.
Durante a reunião com Temer, Jungmann apresentou as atualizações do plano nacional de estratégia de defesa do País, que precisa ser atualizado a cada quatro anos. O último, de 2012, ainda era da gestão petista.
O ministro afirmou ainda que o presidente aprovou as modificações e que, na próxima semana, o plano será enviado ao Congresso.