Apesar de estar na base aliada do governo de Michel Temer (PMDB), o PSDB tem criticado atitudes do governo nas áreas política e econômica. A relação com o Planalto e a posição da legenda em relação às propostas do ajuste fiscal serão discutidas pelos integrantes da cúpula tucana logo após as eleições municipais.
O encontro da executiva do PSDB está previsto para ocorrer no início de novembro, depois de retomada a normalidade das atividades no Congresso.
Com a volta dos parlamentares, após as eleições, a expectativa do governo é de avançar na votação de temas polêmicos, como a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que estabelece limites de gastos públicos, assim como a discussão da reforma da Previdência.
Apesar de o encontro estar aberto para apresentação das queixas contra a condução do governo Temer, o presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG), considera que os principais recados já foram dados e que o momento de maior tensionamento com o Planalto já passou. Apesar do recuo nas críticas e na "diluição" do tensionamento, o líder do PSDB na Câmara, Antônio Imbassahy (BA), defende que a relação deva ser constantemente avaliada. "Os pontos de tensão estão dissolvendo na medida em que o presidente efetivado dá sinais de um comportamento mais focado. Mas é evidente que isso é um processo de ajuste dinâmico, porque, numa crise econômica, a instabilidade requisita de um partido como o PSDB uma relação cada vez mais de formulação.