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eleições 2016

- Publicada em 21 de Setembro de 2016 às 22:33

Gustavo Paim, da militância à disputa pela prefeitura de Porto Alegre

Gustavo Paim defendeu aliança do PP com o PSDB no pleito municipal

Gustavo Paim defendeu aliança do PP com o PSDB no pleito municipal


ANTONIO PAZ/JC
Ainda criança, Gustavo Paim acompanhava o horário gratuito na televisão e repetia os jingles cantados pelos candidatos. Sua referência na política era o vereador e ex-prefeito de Porto Alegre João Antônio Dib (PP), com quem mantinha contato por meio de relações familiares. "Quando criança, eu pegava autógrafo dele em santinho, gostava dessa relação", conta.
Ainda criança, Gustavo Paim acompanhava o horário gratuito na televisão e repetia os jingles cantados pelos candidatos. Sua referência na política era o vereador e ex-prefeito de Porto Alegre João Antônio Dib (PP), com quem mantinha contato por meio de relações familiares. "Quando criança, eu pegava autógrafo dele em santinho, gostava dessa relação", conta.
Candidato a vice-prefeito na chapa encabeçada por Nelson Marchezan Junior (PSDB), Paim nasceu em Porto Alegre em 16 de julho de 1977. Filiou-se ao PP com 18 anos e desde então compõe a sigla, hoje como membro da executiva municipal e estadual. Neste período, já ocupou os cargos de presidente da juventude e secretário-geral do partido em Porto Alegre e coordenador jurídico do diretório estadual.
O gosto pelos discursos, a atuação partidária e os relacionamentos pessoais contribuíram na escolha pelo Direito. Paim acredita que "quem gosta de Direito e política acaba tendo no Direito Eleitoral um caminho absolutamente natural".
Formado em 2000 pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (Pucrs), Paim tem no currículo o trabalho para as campanhas ao governo do Estado de Antonio Britto (à época pelo PPS) em 2002, Yeda Crusius (PSDB) em 2010 e Ana Amélia Lemos (PP) em 2014; e para a campanha de Jair Soares (PP) à prefeitura da Capital em 2004.
Na área acadêmica, concluiu mestrado na Pucrs, especialização e doutorado na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs), formações voltadas para o Direito Eleitoral. Desde 2008, é professor universitário, atualmente atuando graduação da Unisinos e na pós-graduação de três instituições.
Este é o segundo pleito de que Paim participa como candidato. Ele concorreu a uma cadeira no Legislativo de Porto Alegre em 2000, quando o PP também estava coligado ao PSDB. O convite para compor uma chapa majoritária já havia sido considerado em 2012, mas o PP acabou compondo a coligação de José Fortunati (PDT).
Neste ano, quando a chance de ocupar o cargo de vice-prefeito em uma candidatura se tornou real, Paim aceitou a proposta.
Ao declarar que se sente "realizado" na advocacia e como professor, a resposta afirmativa ao convite se deve à confiança que tem no companheiro de chapa.
Paim conta que defendeu a coligação do seu partido com o PSDB e diz que vê em Marchezan "o contrário da política tradicional". "Ele fala o que pensa, é autêntico, é verdadeiro, muito respeitado, mesmo pelos adversários, que podem ideologicamente não concordar, mas que o respeitam como alguém coerente", fala, em referência ao companheiro de chapa.

O que fará como vice-prefeito

Gustavo Paim (PP), candidato a vice-prefeito na chapa de Nelson Marchezan Júnior (PSDB), vê um protagonismo no cargo para o qual concorre, pois acredita que não é possível administrar um município como Porto Alegre de forma isolada. "O vice-prefeito é o primeiro nome que sai das urnas junto com o prefeito para ser seu primeiro auxiliar, primeiro ajudante nessa tarefa", destaca.
Advogado com 16 anos de atuação em campanhas eleitorais, Paim crê que o conhecimento acumulado na área será importante para o mandato no Executivo municipal. Como exemplo, ele cita alguém que queira fazer um empreendimento de construção civil, que conta com muitas normas diferentes, em alguns casos sobrepostas, deixando o projeto "à mercê da burocracia". Para o candidato, no que tange à "organização e segurança jurídica, posso somar muito".
Outros assuntos surgem nas propostas de Paim para sua atuação como vice. Um deles é a segurança pública, tema que tem predominado na campanha deste ano. Fazendo referência à Constituição Federal, a qual determina que compete aos municípios "legislar sobre assuntos de interesse local", Paim questiona: "segurança do cidadão não é interesse local?". Ele defende que o município realize convênios com Polícia Civil e Brigada Militar, seja para retomar a atuação que já acontecia junto a fiscais da Secretaria Municipal de Indústria e Comércio (Smic) na identificação de comércios irregulares, seja para realizar guarda em frente às escolas. "Dá para construir alternativas jurídicas para prestar melhores serviços para a sociedade", identifica.
Acompanhando Marchezan em quase todas as agendas da campanha, Paim identifica que há aceitação à abordagem mesmo de quem demonstra resistência à política. Para ele, esse é o principal ganho da mobilização social iniciada em 2013. "A ideia de que 'ninguém me representa' movimentou a sociedade. As pessoas estão muito críticas à política, mas estão prestando atenção, conversando sobre política. De tudo que aconteceu, se houve algo de positivo, é que se politizou a sociedade", conclui.