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Política

- Publicada em 15 de Setembro de 2016 às 19:26

Bumlai é condenado a nove anos por corrupção

 Pena de José Carlos Bumlai deverá ser cumprida em regime fechado

Pena de José Carlos Bumlai deverá ser cumprida em regime fechado


EVARISTO SA/AFP/JC
O juiz Sérgio Moro condenou a nove anos e 10 meses de prisão o pecuarista José Carlos Bumlai, amigo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, pelos crimes de corrupção passiva e gestão fraudulenta de instituição financeira, por ter retirado em nome dele um empréstimo de R$ 12 milhões no Banco Schahin, para quitar dívidas do PT. O empréstimo não foi pago e foi quitado de maneira fraudulenta, com o fechamento de um contrato do Grupo Schahin com a Petrobras para operação do navio-sonda Vitória 10000. Foi simulada uma falsa doação em pagamento com embriões bovinos. Essa é a primeira condenação do pecuarista.
O juiz Sérgio Moro condenou a nove anos e 10 meses de prisão o pecuarista José Carlos Bumlai, amigo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, pelos crimes de corrupção passiva e gestão fraudulenta de instituição financeira, por ter retirado em nome dele um empréstimo de R$ 12 milhões no Banco Schahin, para quitar dívidas do PT. O empréstimo não foi pago e foi quitado de maneira fraudulenta, com o fechamento de um contrato do Grupo Schahin com a Petrobras para operação do navio-sonda Vitória 10000. Foi simulada uma falsa doação em pagamento com embriões bovinos. Essa é a primeira condenação do pecuarista.
Outras sete pessoas foram condenadas no processo: João Vaccari Neto, ex-tesoureiro do PT; Fernando Schahin, Milton Schahin e Salim Schahin, do Grupo Schahin; Fernando Soares, lobista; Eduardo Costa Vaz Musa, ex-executivo da Petrobras e da Sete Brasil; Nestor Cerveró, ex-diretor da área internacional da Petrobras. Exceto Vaccari, todos os demais assinaram acordo de delação e são beneficiados por ele, cumprindo apenas a pena negociada com o Ministério Público Federal.
Moro determinou que a pena de Bumlai seja cumprida em regime fechado, condicionando a progressão de regime à reparação dos danos. Na sentença, ele afirmou que não houve colaboração de Bumlai no processo, mas confissão parcial.
"Os fatos admitidos por José Carlos Costa Marques Bumlai já haviam sido revelados pelos colaboradores Salim Taufic Schahin e Fernando Antônio Falcão Soares. A colaboração exige informações e prova adicionais. Não houve acordo de colaboração com o MPF (...)", disse Moro, acrescentando que não cabe ao Judiciário "reconhecer benefício decorrente de colaboração se não for ela precedida de acordo com o MPF".
O juiz afirmou que o risco à investigação, com a sentença desta quinta-feira, foi reforçado. "A sentença é uma manifesta injustiça, a defesa irá recorrer e confia que o tribunal a reforme", afirmou Daniela Meggiolaro, da defesa de Bumlai.
Bumlai está preso no Complexo Médico Penal, em Curitiba, desde o último dia 6, após Moro ter mandado de volta à prisão. Ele estava em prisão domiciliar havia cinco meses para o tratamento de um câncer na bexiga, além de uma cirurgia cardíaca.
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