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Opinião

- Publicada em 29 de Setembro de 2016 às 17:20

Falta muito pouco

Tudo ou nada. Preto ou branco. Oito ou 80. Honesto ou bandido. "Petralha" ou "coxinha". Vivemos na era da dualidade, dos opostos, da rivalidade. É como se um lado fosse a favor do desenvolvimento do País, e o outro, contra. Sem grandes conversas, sem grandes discussões, o povo brasileiro vive a era do antagonismo sem diálogo. O mesmo grupo que defende que as ideias são a única fonte de luz, deixa apenas a lamparina de seu lado da cama acesa. O outro lado - já que é assim que se referem uns aos outros - por sua vez, repete quase mantras, buscando que a lamparina não só apague, mas incendeie o quarto todo.
Tudo ou nada. Preto ou branco. Oito ou 80. Honesto ou bandido. "Petralha" ou "coxinha". Vivemos na era da dualidade, dos opostos, da rivalidade. É como se um lado fosse a favor do desenvolvimento do País, e o outro, contra. Sem grandes conversas, sem grandes discussões, o povo brasileiro vive a era do antagonismo sem diálogo. O mesmo grupo que defende que as ideias são a única fonte de luz, deixa apenas a lamparina de seu lado da cama acesa. O outro lado - já que é assim que se referem uns aos outros - por sua vez, repete quase mantras, buscando que a lamparina não só apague, mas incendeie o quarto todo.
A prisão não pode ser aplaudida quanto a uma operação policial e ignorada em relação à outra. Acusado de corrupção é tão acusado quanto o sonegador. É a lei. É simples. É o que gostam de chamar de Estado de Direito, embora esse só apareça quando conveniente ao discurso do momento. Eis o ponto: tudo é efêmero, tudo gera insegurança. A seguridade social pública é um erro, mas admitir revisão administrativa de uma decisão judicial por esse motivo é correto? E se o próximo passo for revisar todas as decisões judiciais de suspensão da cobrança de tributos, acertado também estaria? Dois erros fazem mesmo um acerto? Discursos repetidos para plateias convencidas, eis a nova política brasileira. A praça pública não é mais local de discussão, mas de sobreposição de opiniões. "Sem partido" ou "com mordaça", já que tudo que impacta exige uma reação, digladiam-se as vozes fortes na busca de exposição, de espaço, de atenção. Chegou-se à triste situação em que convergir não gera mídia, e, portanto, não gera voto. Vive-se hoje uma epidemia de daltonismo seletivo, e quem paga é você, que para "nós" e para "eles" será sempre cinza.
Advogado
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