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Opinião

- Publicada em 19 de Setembro de 2016 às 16:42

Com a Paralimpíada, um novo olhar sobre a deficiência

Quando há tantas entidades não governamentais em busca de atendimento, apoio e combate ao preconceito contra as deficiências as mais diversas, eis que a Paralimpíada nos mostrou um lado extremamente positivo sobre pessoas portadoras de eficiência. Foram 72 medalhas para o Brasil, sendo 14 de ouro.
Quando há tantas entidades não governamentais em busca de atendimento, apoio e combate ao preconceito contra as deficiências as mais diversas, eis que a Paralimpíada nos mostrou um lado extremamente positivo sobre pessoas portadoras de eficiência. Foram 72 medalhas para o Brasil, sendo 14 de ouro.
Bonitas histórias de superação contadas pelos atletas que participaram do evento apontam que ser deficiente não é motivo, não de pleno, para exclusão social. Por isso, a Paralimpíada lançou, no Brasil e no mundo, um modelo de superação e, o melhor de tudo, um novo olhar sobre as pessoas deficientes, as quais não são, como pensado até meados do século XX, "umas inúteis, um estorvo para a família e a sociedade". Com esta perspectiva positiva, aliás, coube à China, com cerca de 80 milhões de deficientes em uma população de 1,3 bilhão de pessoas, número maior do que a população de alguns países, buscar a integração. Foram criados centros de recuperação e, principalmente, apoio para a prática de esportes. O resultado foi visto na Paralimpíada Rio 2016, com o número espetacular de medalhas e um inalcançável primeiro lugar geral da China mais do que merecido.
No encerramento, um espetáculo emocionantemente belo, com momentos que provam que há, sim, a superação do ser humano quando se dedica, mentaliza o esforço e acaba praticando algo que era considerado apenas para pessoas saudáveis, a prática esportiva. Depois de realizar os Jogos Olímpicos Rio 2016 com sucesso, contrariando a maioria dos prognósticos pessimistas, o Brasil sediou, também com sucesso, a Paralimpíada, cuja primeira edição ocorreu em 1964, justamente em Tóquio, que agora receberá, novamente, em 2020, o grande espetáculo.
Foram 23 modalidades paralímpicas, 4 mil atletas, 11 dias de competição, 528 provas valendo medalhas, 225 femininas, 265 masculinas e 38 mistas. O encerramento teve a mesma magnitude da abertura, fazendo o grande público presente no Maracanã aplaudir o espetáculo. No total, 2,1 milhões de ingresso vendidos.
Para o Brasil, um modelo de que, quando há organização, boa infraestrutura, gestão e vontade podemos realizar algo grandioso, bonito e que engalana o País. O sucesso de agora justificou a ideia de trazer os Jogos Olímpicos e a Paralimpíada, em 2007, provando que estavam certos os governantes de então. A divulgação maciça do Rio de Janeiro e do Brasil em geral foi boa. Maior ainda, segundo pesquisas, a aprovação ao País, à hospitalidade e à organização, pelos visitantes estrangeiros e nacionais à Cidade Maravilhosa. Neste dia 21, temos o Dia Nacional de Luta das Pessoas com Deficiência, por meio do Estatuto da Pessoa com Deficiência (Lei Brasileira de Inclusão nº 13.146/15). Por isso, haverá debate amanhã na Assembleia Legislativa do Estado.
O Brasil e os deficientes, nacionais e estrangeiros, deram uma demonstração espetacular de que o ser humano pode se superar em meio às dificuldades, por mais adversas que sejam. Que a Paralimpíada, como os Jogos Olímpicos, sirva de inspiração para todos nós, do mais alto dirigente até os anônimos trabalhadores em todo o País: a solução dos nossos problemas e a superação das dificuldades, por mais espinhosas que sejam, começam por nós mesmos. O famoso "espírito olímpico ou paralímpico" nos aponta que com dedicação, disciplina, esforço e trabalho é possível afastar o que nos está obstaculizando o progresso, emperrando a economia, dificultando a geração de empregos.
 
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