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nações unidas

- Publicada em 20 de Setembro de 2016 às 16:06

Ciência é essencial para acabar com pobreza, diz Ban

Líder destacou "momento crítico da humanidade"

Líder destacou "momento crítico da humanidade"


DREW ANGERER/AFP/JC
Ao comemorar um ano da aprovação da Agenda 2030, o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, afirmou ontem na Assembleia Geral da organização que o fim da pobreza extrema no mundo depende da decisão dos governos de "dar maior espaço para a ciência" na tomada de decisões internacionais. Segundo ele, a ciência é essencial para prevenir os malefícios de uma mudança climática radical na terra.
Ao comemorar um ano da aprovação da Agenda 2030, o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, afirmou ontem na Assembleia Geral da organização que o fim da pobreza extrema no mundo depende da decisão dos governos de "dar maior espaço para a ciência" na tomada de decisões internacionais. Segundo ele, a ciência é essencial para prevenir os malefícios de uma mudança climática radical na terra.
O fim da pobreza extrema e a adoção de medidas para evitar os efeitos decorrentes de mudanças climáticas são duas das metas estabelecidas pela Agenda 2030 para Desenvolvimento Sustentável e pelo Acordo de Paris. A agenda é um plano de ação para as pessoas, para o planeta e para a prosperidade. Os 17 objetivos do desenvolvimento sustentável e as 169 metas foram aprovados em declaração elaborada em setembro do ano passado pela ONU. A Agenda 2030, que também busca fortalecer a paz universal com mais liberdade, destaca que a erradicação da pobreza é o maior desafio global e um requisito indispensável para o desenvolvimento sustentável.
Ban Ki-moon recebeu, no domingo passado, o relatório final do Conselho Consultivo Científico da ONU, que faz um balanço sobre o trabalho das Nações Unidas em relação ao fornecimento de conselhos sobre ciência, tecnologia e inovação para o desenvolvimento sustentável. De acordo com o relatório, a ciência é um bem público e merece ser mais valorizada e utilizada eficazmente pelos governos e autoridades em todos os níveis.
Para especialistas do conselho consultivo, todas as nações devem investir mais em ciência, tecnologia e em inovação, para tornar possível uma virada de jogo na maneira como os governos e a sociedade lidam com todos os desafios globais mais urgentes. "Este é um momento crítico na história da humanidade. Enfrentamos desafios e oportunidades nunca antes encarados. Somos a primeira geração que pode acabar com a pobreza extrema, e a última que pode evitar a ameaça da mudança climática", afirmou o secretário-geral em discurso. Ban Ki-moon ressaltou que a ciência é fundamental para o cumprimento das metas transformacionais da Agenda 2030 e do Acordo de Paris, que, "juntos, fornecem um plano para a paz, para a dignidade, prosperidade e oportunidade para todos em um planeta saudável".
 

Obama evoca Trump e Putin no último discurso

Prestes a deixar a Casa Branca, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, proferiu ontem seu último discurso presidencial na ONU. Disposto a construir um legado, ele enfileirou citações diretas (Rússia, Coreia do Norte) e indiretas (Donald Trump) ao apontar duas possíveis medidas para o mundo: a do copo meio cheio ou meio vazio.
Conforme Obama, se é verdade que "nossas sociedades estão repletas de incerteza, inquietação e conflito", com pessoas que "perderam a fé em suas instituições", é importante lembrar que a vida hoje é "mais próspera e menos violenta" do que no fim da Guerra Fria. É a união, e não o "cada um por si", que fará o mundo ir para frente, afirmou. "Uma nação cercada por muros apenas conseguirá se aprisionar", disse diante de dezenas de chefes de Estado, na abertura da Assembleia Geral da ONU. A imagem do muro evoca a campanha de Donald Trump à Casa Branca. O republicano promete construir um na divisa com o México.
Ele pediu uma "correção de curso" da globalização, reconhecendo que o livre comércio "abriu um fosso entre ricos e pobres". O ausente presidente da Rússia, Vladimir Putin, não foi poupado. "Em um mundo que deixou para trás a era do império, vemos a Rússia tentando recuperar a glória perdida por meio da força", disse, enquanto os representantes de Moscou o olhavam com cara de poucos amigos.