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Estados Unidos

- Publicada em 14 de Setembro de 2016 às 15:35

País retira sanções contra Mianmar e Costa do Marfim

Aung San Suu Kyi e Obama tiveram encontro histórico em Washington

Aung San Suu Kyi e Obama tiveram encontro histórico em Washington


JIM WATSON/AFP/JC
A Casa Branca anunciou ontem que irá levantar as sanções econômicas impostas a Mianmar e restabelecer benefícios comerciais ao país do Sudeste asiático, em meio à visita da líder Aung San Suu Kyi aos Estados Unidos. Suu Kyi lidera o partido LND (Liga Nacional para a Democracia), que, no início deste ano, após conquistar maioria no Parlamento, formou o primeiro governo eleito de Mianmar após décadas de uma junta militar.
A Casa Branca anunciou ontem que irá levantar as sanções econômicas impostas a Mianmar e restabelecer benefícios comerciais ao país do Sudeste asiático, em meio à visita da líder Aung San Suu Kyi aos Estados Unidos. Suu Kyi lidera o partido LND (Liga Nacional para a Democracia), que, no início deste ano, após conquistar maioria no Parlamento, formou o primeiro governo eleito de Mianmar após décadas de uma junta militar.
Aos 71 anos de idade e vencedora do Nobel da Paz em 1991, Suu Kyi é muito respeitada em Washington. Ex-prisioneira política e hoje a líder de fato do país, ela foi recebida ontem pelo presidente norte-americano, Barack Obama. Suu Kyi pediu a suspensão da ordem executiva, renovada anualmente por presidentes norte-americanos há duas décadas, que autoriza as sanções.
Com o fim das sanções, 111 cidadãos e empresas da antiga Birmânia serão retirados de uma lista negra do Tesouro dos EUA. Obama afirmou que o fim das sanções irá ajudar o país a colher os benefícios de sua transição para a democracia e liberar "seu enorme potencial".
A medida, porém, não normaliza relações com os militares de Mianmar. Os governo não irá fornecer qualquer arma, equipamento militar ou apoio às Forças Armadas. Os EUA vêm amenizando sanções econômicas a Mianmar desde o início das reformas no país asiático, há cinco anos, mas manteve restrições contra empresas controladas por militares e contra envolvidos no governo da junta militar.
Organizações de direitos humanos, no entanto, ainda veem razões para a manutenção das sanções. Elas afirmam que abusos seguem sendo cometidos por militares contra minorias étnicas em algumas regiões de Mianmar, país com 56 milhões de habitantes. O povo rohingya, por exemplo, de maioria muçulmana, tem negado pelo governo o direito de cidadania ou de posse de terras.
Apesar da liderança de Suu Kyi, os militares ainda desempenham papel importante na política. A atual Constituição do país impede que Suu Kyi assuma a presidência pelo fato de ela ter dois filhos britânicos, e uma reforma constitucional depende da aprovação de mais de 75% do Parlamento - os militares, hoje 25% da Casa, se opõem à reforma.
Também ontem, o governo Obama anunciou a retirada de sanções contra a Costa do Marfim, em reconhecimento às medidas do país para fortalecer as instituições democráticas. Por meio de uma ordem executiva, Obama levantou a validade de uma declaração de emergência nacional que valia para o país africano.
Porta-voz da Casa Branca, Ned Price disse que a Costa do Marfim atingiu um "progresso extraordinário" desde o fim da guerra civil, em 2011. Price lembrou o fato de o país ter realizado uma bem-sucedida eleição e também de estar lidando melhor com o combate ao tráfico ilícito de armas. O porta-voz apontou que ainda há desafios para os marfinenses, como uma reforma agrária e o impulso ao crescimento econômico. Mas o funcionário disse que o país tomou passos importantes para reconciliar as diferenças que levaram à guerra.
 

Acordo fornecerá US$ 38 bi para Israel comprar armamento

Estados Unidos e Israel assinaram um acordo de ajuda militar no valor de US$ 38 bilhões. Trata-se de um montante recorde, que garantirá ao principal aliado norte-americano no Oriente Médio financiamento nas áreas de defesa e segurança durante os próximos dez anos.
O pacote, finalizado a poucos meses do fim do governo de Barack Obama, representa um grande compromisso dos EUA com a segurança de Israel, após anos de relações tensas entre os líderes dos dois países e divergências em temas como o acordo nuclear com o Irã e a questão palestina.
O governo norte-americano fornecerá, em média, US$ 3,8 bilhões anuais na próxima década para Israel, que já é hoje o maior receptor de ajuda norte-americana, incluindo o financiamento de um sistema de defesa contra foguetes disparados por grupos como Hezbolah e Hamas.
Na terça-feira, o gabinete do premiê israelense, Benjamin Netanyahu, emitiu um comunicado destacando o sucesso das negociações, cujo resultado foi "o maior compromisso único de assistência na história dos EUA". No novo acordo, Israel terá de usar todos os recursos para adquirir equipamentos militares norte-americanos. Até hoje, uma parcela da ajuda podia ser usada para comprar armamentos produzidos em Israel, fazendo do país uma exceção entre as nações que recebem financiamento dos EUA.