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- Publicada em 15 de Setembro de 2016 às 22:28

Feirantes querem voltar ao galpão da Secretaria da Agricultura em Porto Alegre

Agricultores reclamam das condições das instalações do Cete

Agricultores reclamam das condições das instalações do Cete


JONATHAN HECKLER/JC
Suzy Scarton
Em todas as quartas-feiras à tarde e sábados pela manhã dos últimos 20 anos, os feirantes da Feira da Cultura Ecológica, do bairro Menino Deus, em Porto Alegre, eram encontrados em um galpão no terreno da Secretaria Estadual de Agricultura, Pecuária e Irrigação, na avenida Getúlio Vargas. Desde maio deste ano, os comerciantes foram transferidos para um espaço do Centro Estadual de Treinamento Esportivo (Cete), na rua Gonçalves Dias, mas não estão satisfeitos com as condições do local.
Em todas as quartas-feiras à tarde e sábados pela manhã dos últimos 20 anos, os feirantes da Feira da Cultura Ecológica, do bairro Menino Deus, em Porto Alegre, eram encontrados em um galpão no terreno da Secretaria Estadual de Agricultura, Pecuária e Irrigação, na avenida Getúlio Vargas. Desde maio deste ano, os comerciantes foram transferidos para um espaço do Centro Estadual de Treinamento Esportivo (Cete), na rua Gonçalves Dias, mas não estão satisfeitos com as condições do local.
O motivo da transferência foi a morte de um homem, que caiu do telhado do galpão da secretaria ao subir para reparar um defeito. Desde então, o local foi interditado, e os feirantes aguardam que a secretaria reforme o telhado para que possam retornar ao local de origem da feira. "Não somos insensíveis e entendemos que temos de respeitar o tempo, mas percebemos que há pouca boa vontade em agilizar esse processo", comenta o feirante Shiva Braga. "A feira pode parecer pequena, mas pelo menos 100 famílias se beneficiam diretamente e, contando as associações, as entidades, pode ser que chegue a 600 famílias."
É o caso do agricultor Marivaldo Riva, de Eldorado do Sul. Ele comercializa de 45 a 48 variedades de hortaliças há 20 anos no local. "Aqui, tem muito vento, tem muito sol. Lá é mais protegido. Notamos que diminuiu o fluxo de consumidores, principalmente no sábado, porque é muito difícil de estacionar. Isso está prejudicando as vendas", lamenta. Espécie de "faz-tudo" na feira, Anselmo Kanaan, que trabalha há seis anos no evento, afirma que o local antigo também possui história. "Sempre foi lá, é como uma marca, que precisa ser mantida. Grandes personagens já passaram por lá. Além de tudo, aqui fica insuportável nos dias de calor", afirma.
A opinião dos frequentadores da feira é semelhante. Alegando que o local antigo "tinha mais cara de feira" e que era "mais aconchegante", os consumidores propuseram a organização de um abaixo-assinado, que estará disponível por 60 dias e será entregue à secretaria. A enfermeira aposentada Neuza Guimarães assinou o documento assim que soube da iniciativa. "Havia mais bancas lá no outro local, ouvi uma senhora reclamando que nunca encontra tomate e que lá sempre tinha. Talvez não tenha tanto espaço, e lá era mais protegido, aqui tem muito vento", opina. Segundo Braga, o abaixo-assinado ainda não será entregue, porque, antes, os comerciantes esperam se reunir com o secretário Ernani Polo.
Depois do incidente, os feirantes se acomodaram na rua Gonçalves Dias. No entanto, após um mês, foram transferidos para o Cete, com o apoio de Polo. "Gastamos uns R$ 8 mil para manter a estrutura, não é barato. Não temos acesso a banheiros, não há segurança, não há um depósito para guardar os estoques de mercadorias, e a iluminação não é suficiente", argumenta Braga. Ao secretário, os comerciantes apresentarão uma proposta de eles mesmos financiarem a reforma do pavilhão. "Ainda não tivemos acesso a uma planilha de custos, mas fizemos um orçamento e acreditamos que deve sair de R$ 20 mil a R$ 25 mil. Estamos dispostos a pagar. Além disso, queremos renovar o contrato de concessão do local, que vence em dezembro."
O diretor administrativo do Bloco Central da Secretaria Estadual de Agricultura, Pecuária e Irrigação, Carlos Carvalho, informou que, nesta sexta-feira, haverá uma reunião com a Secretaria Estadual de Obras, Saneamento e Habitação para decidir o andamento do processo. "Ainda não há um projeto técnico pronto. Se a secretaria decidir que precisa reparar o telhado inteiro, vai demorar mais, devido à licitação. Se for possível reparar apenas a parte danificada, repara-se; e a feira é retomada, sem problemas", afirma Carvalho.
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