Publicada em 01 de Setembro de 2016 às 19:11

Liderança feminina no agronegócio é reconhecida

Clelia e outras 37 mulheres participaram de caravana no parque de Esteio

Clelia e outras 37 mulheres participaram de caravana no parque de Esteio


CLAITON DORNELLES/JC
Marina Schmidt, do Rio de Janeiro, especial para o JC
"Líderes rurais", leu pausadamente Clelia Schneider Sparenberger, ao verificar os dizeres na camiseta que usava. O encantamento refletia também orgulho, sensações que exprimia no tom da voz, no olhar, e que se refletiam em outras 37 mulheres sentadas à sua frente no auditório da Casa do Cooperativismo Gaúcho.
Talvez, essa tenha sido a cena mais emblemática do evento que reuniu representantes do poder público e de entidades do Estado em uma homenagem à presença feminina no campo. Clelia reconheceu, naquelas duas palavras, uma característica que, muitas vezes, passa despercebida entre inúmeras atribuições, mas que fez questão de frisar às colegas que a acompanhavam na 1ª Caravana de Mulheres Líderes Rurais Sicredi das Culturas.
"Nós somos batalhadoras", reforçou às demais. "Onde a mulher não está presente, nada vai para a frente", frisou, falando a todos os presentes. Na mesa composta, figuravam mulheres que se destacam em suas áreas de atuação, como a primeira mulher no cargo de tesoureira-geral da Fetag, Elisete Hintz, e a secretária de Meio Ambiente, Ana Pellini. O secretário de Desenvolvimento Rural e Cooperativismo, Tarcísio Minetto, o presidente da Sicredi Central Sul, Orlando Müller, e o presidente da Ocergs, Vergílio Perius, também prestigiaram o evento.
O olhar feminino foi sinalizado pelos presentes como diferenciado, capaz de promover melhor qualidade à produção agropecuária, favorecer a sucessão nas propriedades e ampliar a representação das agricultoras no setor. "Queremos trabalhar junto, que é o fundamento cooperativista. Não queremos estar à frente dos homens, queremos estar ao lado", enfatizou Elisete, demonstrando que "os desafios são diferenciados para as mulheres". "Para os homens, os postos (de liderança) sempre foram dados", criticou.
"A inserção da mulher e do jovem no campo garantem a perenidade e a perpetuidade dos empreendimentos", reconheceu Müller. "O que vocês estão fazendo vai servir, cada vez mais, de exemplo", assegurou. Já Perius trouxe dados recentes que demonstram que 20 mil jovens e 10 mil mulheres se tornaram associadas do sistema no ano passado. A própria Expointer pode servir de base para mostrar o quanto a mulher faz diferença nos empreendimentos agropecuários: no pavilhão da Agricultura Familiar, as mulheres somam 80% dos expositores.
Diante das falas e das palavras em homenagem e agradecimento, as 38 líderes rurais experimentavam sensações grandiosas, ainda que os gestos ali demonstrados fossem modestos diante da contribuição diária que dão ao meio rural. As mulheres eram maioria naquele espaço e compartilhavam impressões, sorrisos e olhares, muitos deles marejados. Todas vieram juntas da mesma região, Ijuí, em uma viagem que, segundo relata Clelia, foi divertida. "Nós trocamos WhatsApp e contamos piada", descreveu. "Eu me surpreendi", disse ao final do evento. "Nos sentimos valorizadas. Eu fiquei muito orgulhosa", repetia sorrindo. Na cidade de Augusto Pestana, Clelia fica responsável pela parte gerencial da propriedade da família, onde se dedicam à atividade leiteira.
Uma das satisfações que fez questão de compartilhar com todos foi a de certeza de que os negócios serão sucedidos. "Minha filha mais nova, de 14 anos, já me acompanha a todos os encontros, vai ser minha sucessora." Depois de fazer amizades, passear e viver momentos que serão guardados para sempre, a Clelia que voltará a Augusto Pestana é, agora, uma líder mais forte. "Vou chegar lá com um sorriso de orelha a orelha", conta, dizendo que se empenhará, ainda mais, para aumentar a representatividade da mulher no campo.
"Líderes rurais", leu pausadamente Clelia Schneider Sparenberger, ao verificar os dizeres na camiseta que usava. O encantamento refletia também orgulho, sensações que exprimia no tom da voz, no olhar, e que se refletiam em outras 37 mulheres sentadas à sua frente no auditório da Casa do Cooperativismo Gaúcho.
Talvez, essa tenha sido a cena mais emblemática do evento que reuniu representantes do poder público e de entidades do Estado em uma homenagem à presença feminina no campo. Clelia reconheceu, naquelas duas palavras, uma característica que, muitas vezes, passa despercebida entre inúmeras atribuições, mas que fez questão de frisar às colegas que a acompanhavam na 1ª Caravana de Mulheres Líderes Rurais Sicredi das Culturas.
"Nós somos batalhadoras", reforçou às demais. "Onde a mulher não está presente, nada vai para a frente", frisou, falando a todos os presentes. Na mesa composta, figuravam mulheres que se destacam em suas áreas de atuação, como a primeira mulher no cargo de tesoureira-geral da Fetag, Elisete Hintz, e a secretária de Meio Ambiente, Ana Pellini. O secretário de Desenvolvimento Rural e Cooperativismo, Tarcísio Minetto, o presidente da Sicredi Central Sul, Orlando Müller, e o presidente da Ocergs, Vergílio Perius, também prestigiaram o evento.
O olhar feminino foi sinalizado pelos presentes como diferenciado, capaz de promover melhor qualidade à produção agropecuária, favorecer a sucessão nas propriedades e ampliar a representação das agricultoras no setor. "Queremos trabalhar junto, que é o fundamento cooperativista. Não queremos estar à frente dos homens, queremos estar ao lado", enfatizou Elisete, demonstrando que "os desafios são diferenciados para as mulheres". "Para os homens, os postos (de liderança) sempre foram dados", criticou.
"A inserção da mulher e do jovem no campo garantem a perenidade e a perpetuidade dos empreendimentos", reconheceu Müller. "O que vocês estão fazendo vai servir, cada vez mais, de exemplo", assegurou. Já Perius trouxe dados recentes que demonstram que 20 mil jovens e 10 mil mulheres se tornaram associadas do sistema no ano passado. A própria Expointer pode servir de base para mostrar o quanto a mulher faz diferença nos empreendimentos agropecuários: no pavilhão da Agricultura Familiar, as mulheres somam 80% dos expositores.
Diante das falas e das palavras em homenagem e agradecimento, as 38 líderes rurais experimentavam sensações grandiosas, ainda que os gestos ali demonstrados fossem modestos diante da contribuição diária que dão ao meio rural. As mulheres eram maioria naquele espaço e compartilhavam impressões, sorrisos e olhares, muitos deles marejados. Todas vieram juntas da mesma região, Ijuí, em uma viagem que, segundo relata Clelia, foi divertida. "Nós trocamos WhatsApp e contamos piada", descreveu. "Eu me surpreendi", disse ao final do evento. "Nos sentimos valorizadas. Eu fiquei muito orgulhosa", repetia sorrindo. Na cidade de Augusto Pestana, Clelia fica responsável pela parte gerencial da propriedade da família, onde se dedicam à atividade leiteira.
Uma das satisfações que fez questão de compartilhar com todos foi a de certeza de que os negócios serão sucedidos. "Minha filha mais nova, de 14 anos, já me acompanha a todos os encontros, vai ser minha sucessora." Depois de fazer amizades, passear e viver momentos que serão guardados para sempre, a Clelia que voltará a Augusto Pestana é, agora, uma líder mais forte. "Vou chegar lá com um sorriso de orelha a orelha", conta, dizendo que se empenhará, ainda mais, para aumentar a representatividade da mulher no campo.
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