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Petróleo

- Publicada em 27 de Setembro de 2016 às 17:52

Parente quer fim da exclusividade no pré-sal

Pedro Parente apresentou o plano estratégico 2017-2021 da Petrobras ao presidente Michel Temer

Pedro Parente apresentou o plano estratégico 2017-2021 da Petrobras ao presidente Michel Temer


MARCOS CORRÊA/PR/JC
O presidente da Petrobras, Pedro Parente, reafirmou ontem que a estatal "só tem a ganhar" com o fim da obrigação da exclusividade de ser a operadora única dos campos do pré-sal. "Tem projeto no Congresso cujo objetivo é substituir a obrigação da Petrobras de ser operadora única dos campos do pré-sal por uma opção. A empresa como um todo só tem a ganhar com isso. Se você tem uma opção em vez de uma obrigação é claro que só esta razão já é um benefício muito grande para a empresa e nós defendemos isso sim", afirmou, após encontro com o presidente Michel Temer, no Palácio do Planalto.
O presidente da Petrobras, Pedro Parente, reafirmou ontem que a estatal "só tem a ganhar" com o fim da obrigação da exclusividade de ser a operadora única dos campos do pré-sal. "Tem projeto no Congresso cujo objetivo é substituir a obrigação da Petrobras de ser operadora única dos campos do pré-sal por uma opção. A empresa como um todo só tem a ganhar com isso. Se você tem uma opção em vez de uma obrigação é claro que só esta razão já é um benefício muito grande para a empresa e nós defendemos isso sim", afirmou, após encontro com o presidente Michel Temer, no Palácio do Planalto.
Segundo Parente, o fim da obrigação é ainda mais importante, já que a empresa "vive momento importante de restrições financeiras". "E se nós somos obrigados a participar de todos os campos, não vamos ter recursos para fazer isso. Isso vai fazer com que a exploração desses campos leve um tempo muito mais longo", afirmou.
O presidente da Petrobras disse ainda que o fim da obrigatoriedade não é positivo apenas para a empresa, mas é importante também para a retomada do crescimento econômico, já que a atração de investimentos vai gerar riqueza e, com isso, emprego e renda. "É muito importante que o País possa ter outros players e outras empresas que se interessem em fazer esses investimentos", disse.
Segundo Parente, a perspectiva é que, com as mudanças regulatórias modificadas, é possível em meses retomar os investimentos no setor. Porém, essa alteração enfrenta resistência no Congresso Nacional de partidos de oposição ao governo e de sindicatos e associações, que defendem a operação exclusiva da Petrobras.
O executivo levou ao presidente Michel Temer o plano estratégico 2017-2021 da Petrobras. "Conversamos com ele sobre as principais características deste plano, então foi uma conversa de apresentação e técnica do plano da companhia, que já é de conhecimento público, mas obviamente era importante que o presidente conhecesse os detalhes que fizemos questão de trazer pessoalmente", disse Parente.
Sobre a política de preços dos combustíveis, Parente voltou a afirmar que a direção da empresa está fazendo estudos para colocar os preços nacionais em paridade com o preço internacional. Há cerca de um ano, os preços dos combustíveis no Brasil estão mais altos que os preços médios em outros países.
"Sendo uma política que tem como referência a paridade internacional, a direção da mudança de preços não é única. Não é só pra subir. Ela pode descer também", disse Parente, sem dar uma data para a definição da nova política.

Brasil é um dos três principais países para a Shell no mundo, afirma CEO da companhia

O CEO da Royal Dutch Shell, Ben Van Beurden, afirmou ontem, após encontro com o presidente Michel Temer no Palácio do Planalto, que veio reforçar a confiança da companhia para fazer investimentos no Brasil, mas preferiu não comentar a situação política após o impeachment. "O importante destes últimos acontecimentos é criar um clima propício para investimentos", afirmou.
O executivo lembrou a aquisição da britânica BG, em abril do ano passado, e disse que isso deu um papel de destaque ao Brasil para a companhia. Entre os motivos declarados que levaram a anglo-holandesa Shell a fazer uma oferta pela BG, estavam, justamente, os campos de exploração marítima da petroleira britânica em águas profundas no Brasil.
Segundo ele, com isso, o Brasil passou a ser um dos três principais países para a Shell no mundo. "O que investimos no Brasil é cerca de 15% dos investimentos globais; nossa posição no Brasil é jovem e requer que invistamos bastante capital", completou.
Beurden disse ainda que a empresa tem "muita confiança no País, na parceria que temos com a Petrobras". "Viemos aqui para falar com o presidente sobre a confiança que temos no País, falamos também de alguns pontos que achamos que possam ser melhorados", completou, sem dar mais detalhes.
Questionado sobre se a situação da Petrobras, atualmente sem grau de investimento, não preocupava o executivo, Beurden destacou que a estatal "tem feito escolhas adequadas nos seus investimentos". "Nós trabalhamos com a Petrobras há muitos anos tanto aqui quanto fora. Petrobras é uma empresa de classe mundial no que se refere à capacidade técnica, e isso não mudou", afirmou. "É óbvio que acompanhamos todas as manchetes da Petrobras, e isso traz algum grau de preocupação", ponderou.
Beurden disse que, apesar da preocupação, ao analisar o plano de investimentos da Petrobras, "fica claro que a prioridade é no pré-sal, onde as empresas têm investimentos conjuntos".