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União Europeia

- Publicada em 26 de Setembro de 2016 às 18:39

Draghi diz que zona do euro já está superando o Brexit

Mario Draghi ressaltou que recuperação do bloco continua moderada

Mario Draghi ressaltou que recuperação do bloco continua moderada


EMMANUEL DUNAND /AFP/JC
O presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, disse hoje que a economia da zona do euro tem se mostrado até agora resistente à decisão do Reino Unido de votar por sua saída da União Europeia (o chamado "Brexit"), mas alertou que ainda há riscos econômicos e reiterou que o BCE continua disposto a ampliar seus estímulos monetários, se necessário. "O grau em que a perspectiva econômica será afetada (pelo Brexit, aprovado em plebiscito realizado em junho) depende do momento, dos desdobramentos e do resultado final das negociações futuras", afirmou a parlamentares europeus, em Bruxelas.
O presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, disse hoje que a economia da zona do euro tem se mostrado até agora resistente à decisão do Reino Unido de votar por sua saída da União Europeia (o chamado "Brexit"), mas alertou que ainda há riscos econômicos e reiterou que o BCE continua disposto a ampliar seus estímulos monetários, se necessário. "O grau em que a perspectiva econômica será afetada (pelo Brexit, aprovado em plebiscito realizado em junho) depende do momento, dos desdobramentos e do resultado final das negociações futuras", afirmou a parlamentares europeus, em Bruxelas.
Draghi ressaltou que houve "substancial" enfraquecimento na perspectiva da demanda externa desde junho, o que provavelmente prejudicará o avanço das exportações. O dirigente garantiu que o BCE "fará sua parte", ao manter estímulos bastante significativos, e continuará pronto para utilizar todas as suas ferramentas de política monetária. Draghi também voltou a pedir que outros agentes, em especial os governos, ajudem o BCE dando continuidade a reformas econômicas. "Um sentimento generalizado de insegurança, incluindo de insegurança econômica, continua sendo uma grande preocupação", afirmou.
O presidente do BCE comentou ainda que a recuperação da zona do euro continuará em ritmo moderado e constante, e defendeu os atuais juros baixos do bloco, que são cada vez mais criticados pela Alemanha, a maior economia da região. "Taxas baixas são sintoma da situação econômica subjacente", disse Draghi. "Elas refletem fracas tendências de crescimento no longo prazo e a prolongada contração macroeconômica resultante da crise."

Pesquisa aponta que empresas do Reino Unido consideram retirar operações do país

Três quartos dos executivos-chefes do Reino Unido dizem que estão considerando a possibilidade de retirar sua sede ou parte de suas operações do país, como resultado do voto pela saída da União Europeia (UE), o chamado "Brexit", segundo levantamento realizado pela consultoria KPMG.
A companhia entrevistou 100 executivos-chefes de companhias de diversas áreas, da indústria ao varejo, com receitas anuais de 100 milhões de libras (US$ 129,7 milhões) até mais de 1 bilhão de libras. Entre os entrevistados, 23% disseram que "definitivamente consideram" uma mudança como resultado do voto de 23 de junho para o Reino Unido deixar a UE. Outros 53% disseram que iriam "provavelmente" considerar uma mudança.
"Os executivos-chefes reagem à incerteza predominante com planejamento de contingência", afirmou em comunicado Simon Collins, presidente da KMPG Reino Unido. "Para muitos executivos-chefes, é importante que eles planejem diferentes cenários para se proteger contra rompimentos futuros."
Muitos executivos de multinacionais e outras grandes empresas do Reino Unido fizeram campanha pública contra a saída do país da UE. Eles citavam em particular a liberdade de movimento para os funcionários e o mercado comum como vantagens. Outros, muitos deles executivos de empresas menores ou donos de pequenas empresas, dizem que preferiam a separação porque isso retiraria o setor de negócios britânico do escopo da UE.
Entre os executivos ouvidos, 72% disseram que votaram para permanecer na UE. Outros 25% disseram que optaram pela saída. Questionados sobre o nível de confiança nas perspectivas de crescimento para o Reino Unido nos próximos três anos, 69% deles disseram estar "confiantes" ou "muito confiantes".
Executivos ouvidos pela KPMG citaram a clareza sobre o cronograma para a retirada do país da UE como o fator mais importante para encorajar investimentos.