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mercado financeiro

- Publicada em 14 de Setembro de 2016 às 19:11

Dólar à vista sobe a R$ 3,34 apesar de leilão menor de swap reverso

O dólar avançou ao nível de R$ 3,34 no mercado à vista, a despeito de uma atuação menor do Banco Central através do leilão de swap cambial reverso. Num dia de direção mista no câmbio internacional, o dólar teve uma manhã volátil e só se firmou em alta durante a tarde. O avanço foi alimentado por uma possível redução de liquidez no exterior e por preocupações com o andamento do ajuste fiscal no Brasil. O posicionamento mais defensivo no câmbio local foi intensificado pela queda de quase 3% nos contratos futuros de petróleo e incertezas com a disputa eleitoral no Estados Unidos.
O dólar avançou ao nível de R$ 3,34 no mercado à vista, a despeito de uma atuação menor do Banco Central através do leilão de swap cambial reverso. Num dia de direção mista no câmbio internacional, o dólar teve uma manhã volátil e só se firmou em alta durante a tarde. O avanço foi alimentado por uma possível redução de liquidez no exterior e por preocupações com o andamento do ajuste fiscal no Brasil. O posicionamento mais defensivo no câmbio local foi intensificado pela queda de quase 3% nos contratos futuros de petróleo e incertezas com a disputa eleitoral no Estados Unidos.
No segmento à vista, o dólar subiu pelo segundo dia seguido e fechou aos R$ 3,3415, em alta de 0,79%, maior nível desde 7 de julho, quando terminou em R$ 3,3617. De acordo com dados registrados na clearing da BM&F Bovespa, o volume de negócios somou US$ 1,170 bilhão. Já no mercado futuro, o contrato de dólar para outubro encerrou em R$ 3,3600, em alta de 0,90%. O volume foi de US$ 18,666 bilhões.
O Banco Central vendeu hoje o lote integral de 5 mil contratos de swap cambial reverso colocado em leilão, em um total de US$ 250 milhões. O volume foi menor do que os 10 mil contratos que vinham sendo ofertados pelo BC nas últimas semanas. Essa diminuição do lote ocorreu em meio a forte movimentação no mercado global de moedas. Como pano de fundo para a instabilidade está a aproximação da reunião de política monetária do Federal Reserve, na semana que vem, e possível redução da liquidez fornecida pelos principais bancos centrais do mundo.
Ainda nos Estados Unidos, há cautela com a disputa eleitoral para a presidência do país. Para analistas do banco Nomura, a eleição do candidato republicano, Donald Trump, poderia levar a um crescimento menor do Produto Interno Bruto (PIB) nos próximos anos e pressionar o Federal Reserve a abandonar sua estratégia de elevação gradual de juros em favor de um aperto monetário mais rápido para conter a inflação.
Domesticamente, há preocupações com o andamento dos esforços do governo para ajustar as contas públicas, alimentando a cautela no câmbio. A dor de cabeça da vez é a negociação com governadores sobre dívidas dos Estados, o que poderia prejudicar o tamanho e o ritmo do ajuste fiscal. Os representantes das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste pedem ajuda financeira de R$ 7 bilhões. Caso contrário, cerca de 15 Estados poderiam decretar situação de calamidade nas finanças.

Saída de dólares supera entrada em US$ 9,575 bilhões no ano até dia 9 de setembro

No comércio exterior, o saldo anual acumulado até 9 de setembro ficou positivo em US$ 32,808 bilhões

No comércio exterior, o saldo anual acumulado até 9 de setembro ficou positivo em US$ 32,808 bilhões


ROSLAN RAHMAN/AFP/JC
O fluxo cambial do ano até o dia 9 de setembro ficou no vermelho em US$ 9,575 bilhões, ante saldo negativo de US$ 10,221 bilhões visto no ano até o fim de agosto, informou ontem o Banco Central (BC). Em igual período do ano passado, o resultado era positivo em US$ 11,074 bilhões.
A retirada de dólares pelo canal financeiro neste ano até 9 de setembro foi de US$ 42,383 bilhões. Este resultado é fruto de entradas no valor de US$ 290,176 bilhões e de envios no total de US$ 332,559 bilhões. O segmento reúne os investimentos estrangeiros diretos e em carteira, remessas de lucro e pagamento de juros, entre outras operações.
Já no comércio exterior, o saldo anual acumulado até 9 de setembro ficou positivo em US$ 32,808 bilhões, com importações de US$ 84,623 bilhões e exportações de US$ 117,431 bilhões. Nas exportações estão incluídos US$ 21,279 bilhões em Adiantamento de Contrato de Câmbio (ACC), US$ 31,396 bilhões em Pagamento Antecipado (PA) e US$ 64,756 bilhões em outras entradas.
Depois de registrar saídas líquidas de US$ 1,110 bilhão em agosto, o fluxo cambial brasileiro está positivo em US$ 646 milhões em setembro até o dia 9, informou o Banco Central.
O canal financeiro voltou a apresentar entradas líquidas, de US$ 15 milhões no período. Isso é resultado de entradas no valor de US$ 7,567 bilhões e de retiradas no total de US$ 7,551 bilhões. Este segmento reúne os investimentos estrangeiros diretos e em carteira, remessas de lucro e pagamento de juros, entre outras operações.
Já no comércio exterior, o saldo do mês até o dia 9 é positivo em US$ 630 milhões, com importações de US$ 2,769 bilhões e exportações de US$ 3,400 bilhões. Nas exportações, estão incluídos US$ 628 milhões em ACC, US$ 851 milhões em PA e US$ 1,920 bilhão em outras entradas.