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Mercado de Capitais

- Publicada em 02 de Setembro de 2016 às 19:13

Bolsa tem saldo de capital externo negativo em agosto

As vendas de ações por investidores estrangeiros na BM&FBovespa superaram as compras em R$ 2,25 bilhões em agosto. Ainda assim, o saldo de capital externo acumulado na bolsa neste ano está positivo em R$ 15 bilhões. O movimento dos estrangeiros contribuiu para que o Ibovespa subisse só 1,03% no mês passado - a alta acumulada do índice nos oito primeiros meses de 2016 é de 33,6%.
As vendas de ações por investidores estrangeiros na BM&FBovespa superaram as compras em R$ 2,25 bilhões em agosto. Ainda assim, o saldo de capital externo acumulado na bolsa neste ano está positivo em R$ 15 bilhões. O movimento dos estrangeiros contribuiu para que o Ibovespa subisse só 1,03% no mês passado - a alta acumulada do índice nos oito primeiros meses de 2016 é de 33,6%.
Analistas apontam diversos fatores para o saldo negativo em agosto. Um deles é chamada realização de lucros, ou seja, os investidores vendem ações para embolsar os ganhos com a valorização desses papéis. Somente no último dia de agosto, quando foi confirmado o afastamento definitivo de Dilma Rousseff da presidência, no processo de impeachment no Senado, os estrangeiros retiraram R$ 558 milhões.
O desfecho do impeachment era amplamente esperado pelo mercado e foi um dos motivos que impulsionaram o Ibovespa neste ano. Vitor Suzaki, analista da Lerosa Investimentos, lembra que em maio, quando foi aprovado o afastamento temporário de Dilma do poder, o saldo de capital externo na bolsa ficou negativo em R$ 1,8 bilhão, principalmente por causa da realização de lucros. Em junho e julho, o saldo foi positivo.
Segundo Suzaki, em agosto a saída de capital externo da bolsa foi um misto de cautela e realização. Incertezas em relação ao avanço do ajuste fiscal sob o governo Temer também levaram estrangeiros a venderem ações no mês passado.
Outro fator que pesou nos negócios no mês passado foram as expectativas de uma alta dos juros americanos ainda neste ano. Diversos dirigentes do Fed (Federal Reserve, o banco central dos EUA) indicaram que a economia americana está suficientemente forte para suportar uma alta dos juros americanos. As declarações fizeram o dólar subir mundialmente.
"Mas a perspectiva para a bolsa até o fim do ano ainda é positiva, e o otimismo dos investidores em relação à retomada da economia continua", afirma Ari Santos, gerente de renda variável da corretora H.Commcor. "Acredito que esses recursos que saíram da bolsa permanecem no Brasil; possivelmente migraram para renda variável temporariamente", acrescenta Santos.
 

Ibovespa sobe 2,37% na sexta-feira e atinge novo pico neste ano

O mercado acionário brasileiro teve uma sexta-feira de otimismo, refletindo a expectativa de manutenção da liquidez internacional abundante e de melhora das condições econômicas no Brasil. O Ibovespa, principal índice da BM&FBovespa, registrou alta de 2,37%, alcançando os 59.616 pontos, novo pico do ano e maior patamar desde 5 de setembro de 2014. O volume de negócios totalizou R$ 7,633 bilhões. Na semana, a bolsa subiu 3,29%.
O dólar fechou perto da estabilidade ante o real na sexta-feira, em meio a discussões sobre possíveis consequências do relatório de emprego dos Estados Unidos de agosto para o futuro da política monetária norte-americana. A moeda dos EUA permaneceu em viés de baixa ante o real durante grande parte da tarde, mas passou a flertar com território positivo nos minutos finais do pregão, com a cautela antes do fim de semana prolongado nos Estados Unidos.
No mercado à vista, o dólar negociado no balcão fechou em leve queda de 0,02%, aos R$ 3,2505. Na máxima, registrada logo no início do pregão, a divisa chegou aos R$ 3,2696 ( 0,56%). Já a mínima foi de R$ 3,2259 (-0,79%).
Na semana marcada pelo impeachment de Dilma Rousseff, o dólar registrou queda de 0,54%. No segmento futuro, o contrato de dólar para outubro perdeu 0,06%, aos R$ 3,2840, com giro de US$ 13,636 bilhões.
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