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Indústria

- Publicada em 01 de Setembro de 2016 às 18:19

Capacidade instalada cai a 76,9% no mês de julho

Segundo a pesquisa da Fiergs, nível de emprego manteve estabilidade

Segundo a pesquisa da Fiergs, nível de emprego manteve estabilidade


JC
A Utilização da Capacidade Instalada (UCI) atingiu o menor nível da série histórica e registrou, em julho, 76,9% em termos ajustados. Em relação a julho de 2015, o indicador marcou queda de 1,6 ponto percentual, segundo dados da Confederação Nacional da Indústria (CNI).
A Utilização da Capacidade Instalada (UCI) atingiu o menor nível da série histórica e registrou, em julho, 76,9% em termos ajustados. Em relação a julho de 2015, o indicador marcou queda de 1,6 ponto percentual, segundo dados da Confederação Nacional da Indústria (CNI).
O faturamento real da indústria de transformação registrou uma queda considerada "expressiva" pela entidade. O estudo apontou recuo de 4,3% perante junho, quando excluídos os efeitos sazonais. No acumulado do ano até julho, a queda no faturamento já é de 12%.
Na avaliação do gerente executivo de política econômica da CNI, Flávio Castelo Branco, as expectativas melhoraram muito nos últimos meses, mas isso ainda não se reflete nos resultados da indústria. "O desemprego continua em alta, e a renda das famílias está caindo, o que desestimula o consumo", avalia o economista.
O emprego industrial manteve a trajetória de queda iniciada em fevereiro de 2015. De acordo com a CNI, em julho, o indicador caiu 0,4% na comparação com o mês anterior, na série dessazonalizada, e 7,7% ante julho de 2015.
Nos primeiros sete meses de 2016, comparados aos de 2015, o indicador registra uma queda de 8,9%. As horas trabalhadas assumiram a mesma trajetória e recuaram 0,2% em comparação a junho, já considerando ajustes. No confronto com julho do ano passado, a queda é de 7,6% e alcança 9,3% nos primeiros sete meses do ano.
A massa salarial também apresentou em julho o terceiro mês consecutivo de queda, segundo a CNI. Na passagem de junho para julho, a queda foi de 0,9%. Na comparação com o ano passado, a queda é de 8,4% em julho e de 9,7% no acumulado do ano.
Apesar dos números, o economista da CNI mostra otimismo e avalia que o cenário deve melhorar nos próximos meses. "O dado do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostra uma pequena alta do investimento. É possível que tenhamos, nos próximos meses, uma reação do investimento, o que deve estimular o crescimento", afirma.

Oito entre 24 atividades aumentaram preços em julho na porta de fábrica

Em julho, apenas oito entre as 24 atividades das indústrias extrativas e de transformação registraram aumentos de preços na porta de fábrica. No mês anterior, houve alta em nove segmentos. Os dados são do Índice de Preços ao Produtor (IPP), divulgado nesta quinta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
As três maiores quedas ocorreram nas indústrias extrativas (-11,94%), outros equipamentos de transporte (-3,20%) e fumo (-3,20%). Na direção oposta, o segmento de impressão (2,96%) teve o maior reajuste de preços.
As principais contribuições para a deflação de 0,56% no IPP de julho foram das indústrias extrativas (-0,37 ponto percentual), outros produtos químicos (-0,27 ponto percentual) e outros equipamentos de transporte (-0,08 ponto percentual). Os alimentos, por sua vez, subiram 1,73% em julho e evitaram uma queda maior no IPP, com uma contribuição positiva de 0,37 ponto percentual, principalmente por conta do leite, do açúcar e da soja.
A queda de 1% nos preços de bens intermediários na porta de fábrica deu a maior contribuição percentual para a deflação de 0,56% registrada pelo IPP em julho. A contribuição da categoria foi de -0,56 ponto percentual, informou o IBGE. Já os bens de capital ficaram 1,48% mais baratos, uma contribuição de -0,13 ponto percentual para o IPP de julho.
"Essa é a categoria que mais sofre influência do dólar. Houve destaque dos aviões, que sofrem grande influência do câmbio. O dólar recuou 4,4% só em julho", lembrou Manuel Campos Souza Neto, gerente do IPP no IBGE.
Os bens de consumo subiram 0,35% em julho, devido à ligeira alta de 0,01% em bens de consumo duráveis e aumento de 0,46% em bens de consumo semiduráveis e não duráveis. Os bens de consumo tiveram um impacto de 0,12 ponto percentual sobre a inflação da indústria em julho, proveniente das variações de preços observadas nos bens de consumo semiduráveis e não duráveis. Os bens de consumo duráveis, que ficaram praticamente estáveis, tiveram impacto nulo sobre o IPP.

PMI industrial do Brasil recua a 45,7 pontos em agosto

O índice de atividade dos gerentes de compra (PMI, na sigla em inglês) da indústria brasileira caiu para 45,7 pontos em agosto, de 46,0 pontos em julho, informou a Markit. Trata-se do 19º mês consecutivo de contração da atividade, mostrada quando o indicador fica abaixo do patamar de 50 pontos. Segundo a Markit, os pedidos de novas encomendas caíram em agosto, com os entrevistados relatando demanda franca tanto no mercado interno como no externo. Os pedidos de exportações caíram pelo terceiro mês seguido. Na divisão por segmentos, os produtos voltados ao consumidor subiram pela primeira vez desde março de 2015.
Os preços aos produtores continuaram subindo, com os gerentes entrevistados citando aumentos em materiais como metais, insumos químicos, plásticos, têxteis, alimentos e papel. Os preços ao consumidor também avançaram, mas no menor ritmo em mais de um ano. Os números de empregados ainda seguem recuando, assim como as encomendas pendentes e os estoques de matérias-primas e produtos acabados.
A analista Pollyana de Lima, responsável pelo relatório, diz que agosto não trouxe um alívio para os problemas que a indústria brasileira enfrenta. "Embora a estabilização da crise política provavelmente dê um impulso à confiança de empresas e consumidores, uma retomada no curto prazo é improvável", comenta.

Produção de cerveja diminui 1,11% em agosto na comparação anual

 MICROCERVEJARIA BALDHEAD - CERVEJA ARTESANAL

MICROCERVEJARIA BALDHEAD - CERVEJA ARTESANAL


CLAITON DORNELLES/JC
A produção brasileira de cerveja caiu 1,11% em agosto na comparação com o mesmo mês do ano passado, de acordo com dados prévios do Sistema de Controle de Produção de Bebidas (Sicobe), da Receita Federal. No mês, foi produzido 1,085 bilhão de litros de cerveja.
Este é o terceiro mês consecutivo de queda na produção. O setor tem sido afetado pela retração no consumo e pela maior sensibilidade aos preços praticados para os consumidores em um período em que os custos da fabricação da bebida aumentam em função de aumento na carga tributária provocada por impostos estaduais. No acumulado dos primeiros oito meses de 2016, a produção atingiu 8,379 bilhões de litros, queda de 2,09% ante os mesmos meses de 2015.
Já a produção de refrigerantes em agosto foi de 1,153 bilhão de litros, queda de 1,86% na comparação anual. No acumulado do ano, o recuo é de 4,12%, chegando a 8,969 bilhões de litros.