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JC Logística

- Publicada em 28 de Setembro de 2016 às 21:46

Maioria dos brasileiros quer menos espaço para carro particular nas ruas

Estudo mostrou que a população sabe valorizar o transporte público

Estudo mostrou que a população sabe valorizar o transporte público


MARCELO G. RIBEIRO/JC
A maioria dos brasileiros (74%) é a favor de ações que reduzam o espaço do veículo particular nas ruas se for para dedicar esse espaço para ciclovias, corredores de ônibus e calçadas, apontou pesquisa sobre mobilidade urbana encomendada pelo Greenpeace ao Instituto Datafolha. A pesquisa foi realizada com 2.098 entrevistados de 16 anos ou mais, em 132 municípios de todas as regiões do País.
A maioria dos brasileiros (74%) é a favor de ações que reduzam o espaço do veículo particular nas ruas se for para dedicar esse espaço para ciclovias, corredores de ônibus e calçadas, apontou pesquisa sobre mobilidade urbana encomendada pelo Greenpeace ao Instituto Datafolha. A pesquisa foi realizada com 2.098 entrevistados de 16 anos ou mais, em 132 municípios de todas as regiões do País.
Inicialmente, a pesquisa consultou a população sobre três medidas, em perguntas separadas, que desestimulariam o uso do carro. Aquela que teve maior aceitação foi a de redução do número de vagas para carros nas ruas, que teve o apoio de 47% da população. Uma fatia de 41% foi contrária à medida, 9% é indiferente e 3% não respondeu.
A segunda questão foi sobre a redução do número de faixas para carro nas vias, que apresentou tendência inversa: 40% foi a favor da medida e 49%, contra. A parcela de indiferentes é de 8%, e 4% não soube opinar. O fechamento de determinas ruas para carros, que corresponde à terceira pergunta, foi a questão que teve maior resistência entre os brasileiros: 36% a favor, 52% contra a medida, e os demais indiferentes (8%) ou não responderam (3%).
Após essas questões apresentadas, a pesquisa consultou os entrevistados sobre o motivo para a redução do espaço para carros particulares e, somente então, veio a maior aceitação, com 74%. "Primeiro perguntamos para as pessoas o que elas achavam de cada uma dessas três medidas e, em seguida, perguntamos se, (por meio) dessas medidas de redução, fosse dado espaço para esses outros meios de transporte, se ela era contra ou a favor. A diferença é que, na primeira vez, perguntamos só com a medida em si. Mas, quando explicamos que isso vai ser usado para dar espaço para outros modos de transporte, as pessoas são a favor", explicou Vitor Leal, da campanha de Mobilidade Urbana do Greenpeace.
"Uma das coisas que vemos que é importante a partir desse cenário é de que o poder público precisa dialogar mais com a sociedade, explicando melhor para que servem as coisas, e não tirar o espaço sem explicar o que está acontecendo. Fazer uma discussão dizendo: olha, vamos colocar mais corredores de ônibus, isso significa que haverá menos pistas para os carros, o que vai diminuir o trânsito, com garantia de um transporte de qualidade", afirmou Leal.
Questionados sobre qual meio de transporte seria escolhido para circular na cidade se houvesse infraestrutura adequada, o ônibus seria a escolha de 42% dos entrevistados, seguido por carro (23%) e bicicleta (21%) - na prática, os dois últimos estão empatados pela margem de erro de dois pontos da pesquisa.
Para Leal, foi uma grande surpresa perceber que as pessoas valorizam o transporte público. "São dados importantes para vermos que há uma valorização do transporte público, e aí entendemos que o poder público não está respondendo adequadamente a isso, porque boa parte dos investimentos vai para espaços para o automóvel", disse.
"O que está faltando então é as pessoas sentirem que é possível: um ônibus de qualidade, uma tarifa justa, ônibus que não poluam tanto e que não façam tanto barulho, ciclovias, infraestrutura para bicicleta e para pedestre. As pessoas escolhem o carro, muitas vezes, porque sentem que os outros meios de transporte não têm qualidade suficiente", acrescentou.
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