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JC Logística

- Publicada em 07 de Setembro de 2016 às 21:56

Crise e câmbio alto tiram Brasil da rota dos navios de cruzeiros

País contará com apenas 108 roteiros durante o verão, metade do registrado em 2015

País contará com apenas 108 roteiros durante o verão, metade do registrado em 2015


JEAN-FRANCOIS MONIER/AFP/JC
Quem planeja passar as férias a bordo de um navio em um cruzeiro marítimo pela costa brasileira encontrará menos opções disponíveis no próximo verão. Na temporada que começa em novembro e vai até abril de 2017, apenas sete embarcações navegarão em águas brasileiras, três a menos do que em 2015 e bem abaixo das 20 que vieram para cá em 2010, recorde do segmento. Os navios que estavam aqui no ano passado foram alocados para destinos que ganharam relevância no mercado global, como China e Cuba.
Quem planeja passar as férias a bordo de um navio em um cruzeiro marítimo pela costa brasileira encontrará menos opções disponíveis no próximo verão. Na temporada que começa em novembro e vai até abril de 2017, apenas sete embarcações navegarão em águas brasileiras, três a menos do que em 2015 e bem abaixo das 20 que vieram para cá em 2010, recorde do segmento. Os navios que estavam aqui no ano passado foram alocados para destinos que ganharam relevância no mercado global, como China e Cuba.
Ao todo, as embarcações que partem do Brasil farão 108 roteiros, metade do que foi feito no ano passado, segundo estimativas da Associação Brasileira de Cruzeiros Marítimos (Clia Abremar). Serão oferecidos 382 mil leitos nos navios na próxima temporada, 30% abaixo de 2015 e 60% inferior aos tempos áureos do setor.
De acordo com o presidente da Clia Abremar, Marco Ferraz, os armadores, donos dos navios, são grupos multinacionais que escolhem onde vão alocar as embarcações a cada temporada. A crise econômica, tarifas portuárias acima da média global e a expansão da demanda em outros destinos pesaram contra o Brasil.
O grupo Royal Caribbean, que tinha três navios no Brasil em 2015, saiu do País. Fechou o escritório brasileiro e hoje mantém apenas um representante comercial, focado em vender seus pacotes no exterior. Na época do encerramento das atividades, a empresa justificou a decisão pelo alto custo de operação no Brasil e pela demanda crescente na Ásia e na Austrália.
Apesar de sair do mercado brasileiro, um dos navios da empresa, da bandeira Pullmantur, virá ao País este ano. A embarcação foi fretada pela agência de viagens CVC, em uma decisão drástica para não ficar sem pacotes para oferecer aos clientes. A conjuntura política e econômica não favoreceu o Brasil na briga com outros destinos pelas embarcações das multinacionais. A MSC Cruzeiros, por exemplo, trouxe quatro navios ao Brasil em 2015 e passou um "sufoco" para encher as embarcações com os pacotes vendidos em dólar.
"Conseguimos vender toda nossa oferta, mas tivemos de fazer um esforço considerável", disse o diretor-geral da MSC no Brasil, Adrian Ursilli. A empresa travou o câmbio para o cliente na época e reduziu em 20% seu tíquete médio para não ficar com navios vazios. A variação cambial é um problema para os armadores, já que boa parte dos seus custos é em dólar, como combustível, salários e manutenção.
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