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JC Logística

- Publicada em 07 de Setembro de 2016 às 21:53

País tem condições de gerar 10 GW de energia eólica hoje

Brasil já possui 400 parques com mais de 5,2 mil aerogeradores que representam 7% da matriz energética

Brasil já possui 400 parques com mais de 5,2 mil aerogeradores que representam 7% da matriz energética


YASUYOSHI CHIBA/AFP/JC
O setor de energia eólica no Brasil passou a ter, em 2016, capacidade instalada de 10 gigawatts (GW) em cerca de 400 parques com mais de 5,2 mil aerogeradores em operação. Com isso, a fonte de energia renovável, considerada moderna, representa 7% da matriz energética brasileira e registra 80% de nacionalização.
O setor de energia eólica no Brasil passou a ter, em 2016, capacidade instalada de 10 gigawatts (GW) em cerca de 400 parques com mais de 5,2 mil aerogeradores em operação. Com isso, a fonte de energia renovável, considerada moderna, representa 7% da matriz energética brasileira e registra 80% de nacionalização.
Pelos números do setor, em 2015, a energia eólica abasteceu mensalmente uma população equivalente a todo o Sul do País e gerou 41 mil postos de trabalho. Os investimentos feitos desde 1998 somaram R$ 60 bilhões. Ainda no ano passado, a energia eólica teve participação de 39,3% na expansão da matriz, enquanto a hidrelétrica ficou com 35,1%, e a termelétrica, em 25,6%.
Os números foram divulgados durante a abertura do 7º Wind Power 2016, encontro anual do setor, no Centro de Convenções Sulamérica, região central do Rio de Janeiro, e a perspectiva é de que o setor continue em crescimento. A presidente executiva da Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica), Élbia Gannoum, disse que estão contratados perto de 9 GW em 2016, e a previsão é chegar a 2020 com 18,4 GW de capacidade instalada.
"Em termos de matriz, atualmente, nós somos a fonte mais competitiva e com diferença razoável para a segunda ou terceira fonte, tendo em vista que não falamos mais em grandes projetos hidrelétricos, que são os mais competitivos. Então hoje alcançamos o patamar da primeira fonte mais competitiva do País", garante Élbia.
"Hoje, já estamos partindo para chegar em 2020 como a segunda fonte de energia do País e somos o setor da economia que mais cresce. O quarto país do mundo que mais investe, o oitavo que mais gera energia eólica e o 10º país em capacidade instalada", disse a presidente da ABEEólica.
Para a presidente, o grande desafio será contratar os próximos 10 GW que permitirão chegar perto de 30 GW de capacidade instalada, em 2030, diante de algumas barreiras. De curtíssimo prazo, Élbia apontou o crescimento econômico que justifique uma quantidade razoável de contratação de energia. "É um desafio enorme conseguir contratar. A gente vai ter o leilão de reserva neste ano. O governo sabiamente está contratando para manter o sinal de investimento na cadeia produtiva", disse.
Élbia disse que o setor de energia eólica tem condição de responder rapidamente, caso a economia brasileira retome o crescimento. "Vejo que os setores de infraestrutura em geral, em particular energia e energia renovável, tem uma capacidade de resposta muito rápida, seja do ponto de vista da construção de um parque, que se faz em um ano e meio, seja da retomada efetiva de investimentos."
"Nós já estamos recebendo muitos investidores de fora, interessados no Brasil, porque eles já estão fazendo a leitura da mudança-chave do cenário político e econômico e a retomada de crescimento."
Élbia está confiante na abertura de financiamentos por parte do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (Bndes) para o setor e ficou satisfeita com a declaração da presidente do banco, Maria Sílvia Bastos, de que a energia renovável é prioridade para a instituição.
De acordo com a executiva, por causa da energia limpa que produz, o Brasil é um dos poucos países que têm a capacidade de cumprir os acordos do clima de Paris, a Conferência Mundial do Clima (COP21), com tranquilidade e sem custo. "O Brasil é muito rico em recursos renováveis para produção de energia e pode fazer a opção de uma matriz limpa para o futuro, renovável, sem a necessidade de fazer subsídios, porque as fontes renováveis no Brasil são as mais competitivas."
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