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Impeachment

- Publicada em 31 de Agosto de 2016 às 17:49

Senado aprova a cassação de Dilma por 61 votos a 20

 Votação aconteceu após seis dias de debates no plenário do Senado

Votação aconteceu após seis dias de debates no plenário do Senado


ANDRESSA ANHOLETE/AFP/JC
Após seis dias de julgamento, com intensos debates e ânimos exaltados, Dilma Rousseff (PT) foi afastada definitivamente pelo Senado, por 61 votos a 20, do cargo de presidente da República, às 13h35min de ontem.
Após seis dias de julgamento, com intensos debates e ânimos exaltados, Dilma Rousseff (PT) foi afastada definitivamente pelo Senado, por 61 votos a 20, do cargo de presidente da República, às 13h35min de ontem.
O impeachment foi consumado nove meses depois de o então presidente da Câmara, o hoje deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), ter iniciado o processo na Casa. Ao todo, nove ex-ministros de Dilma votaram no julgamento final do impeachment. A maioria decidiu pela cassação do mandato de sua ex-aliada.
Os ex-ministros de Dilma que votaram a favor do impeachment foram Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN), Eduardo Braga (PMDB-AM), Marta Suplicy (PMDB-SP), Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE), Eduardo Lopes (PRB-RJ) e Edison Lobão (PMDB-MA).
Já Armando Monteiro (PTB-PE), Kátia Abreu (PMDB-TO) e Gleisi Hoffmann (PT-PR) votaram contra o afastamento definitivo de Dilma.
O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), também votou a favor da condenação de Dilma. No entendimento da maioria dos senadores, Dilma cometeu crime de responsabilidade contra a lei orçamentária ao atrasar repasses do governo a bancos públicos, o que ficou conhecido como "pedaladas fiscais", e editar decretos de crédito suplementar sem autorização do Congresso.
Numa vitória dos aliados de Dilma, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, aceitou o destaque apresentado para votação em separado da inabilitação da petista ou não para cargos públicos por oito anos. Por 42 votos a 36, o Senado rejeitou a perda de direitos políticos da agora ex-presidente.
Dilma é a segunda presidente eleita após a redemocratização do País a não concluir seu mandato. O primeiro foi o hoje senador Fernando Collor de Mello (PTC-AL), em 1992. Primeira mulher a ocupar o mais alto cargo político do país, Dilma assumiu a presidência, em seu primeiro mandato, no dia 1 de janeiro de 2011, sem nunca ter concorrido antes a uma eleição. Em 2014, foi reeleita com uma diferença de 3,3%, ou seja, de 3,5 milhões de votos, em uma disputa acirrada.
Durante seu segundo mandato, Dilma enfrentou dificuldades políticas, em meio à crise econômica, à queda de sua popularidade e a escândalos de corrupção envolvendo integrantes de seu governo e a Petrobras. O impeachment encerra um ciclo de mais de 13 anos do PT no comando do Executivo.
Com o impeachment, Dilma também perde o foro privilegiado. A petista é alvo de investigação no STF por obstrução de Justiça, em caso no qual ela não é ré. Com seu afastamento definitivo, seu caso deve seguir para a análise da primeira instância.

Confira como cada senador votou

A favor: 61 votos
Acir Gurgacz (PDT-RO)
Aécio Neves (PSDB-MG)
Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP)
Alvaro Dias (PV-PR)
Ana Amélia (PP-RS)
Antonio Anastasia (PSDB-MG)
Antônio Carlos Valadares (PSB-SE)
Ataídes Oliveira (PSDB-TO)
Benedito de Lira (PP-AL)
Cássio Cunha Lima (PSDB-PB)
Cidinho Santos (PR-MT)
Ciro Nogueira (PP-PI)
Cristovam Buarque (PPS-DF)
Dalírio Beber (PSDB-SC)
Dário Berger (PMDB-SC)
Davi Alcolumbre (DEM-AP)
Edison Lobão (PMDB-MA)
Eduardo Amorim (PSC-SE)
Eduardo Braga (PMDB-AM)
Eduardo Lopes (PRB-RJ)
Eunício Oliveira (PMDB-CE)
Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE)
Fernando Collor (PTC-AL)
Flexa Ribeiro (PSDB-PA)
Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN)
Gladson Cameli (PP-AC)
Helio José (PMDB-DF)
Ivo Cassol (PP-RO)
Jader Barbalho (PMDB-PA)
João Alberto Souza (PMDB-MA)
José Agripino (DEM-RN)
José Anibal (PSDB-SP)
José Maranhão (PMDB-PB)
José Medeiros (PSD-MT)
Lasier Martins (PDT-RS)
Lúcia Vânia (PSB-GO)
Magno Malta (PR-ES)
Maria do Carmo Alves (DEM-SE)
Marta Suplicy (PMDB-SP)
Omar Aziz (PSD-AM)
Paulo Bauer (PSDB-SC)
Pedro Chaves (PSC-MS)
Raimundo Lira (PMDB-PB)
Reguffe (sem partido-DF)
Renan Calheiros (PMDB-AL)
Ricardo Ferraço (PSDB-ES)
Roberto Rocha (PSB-MA)
Romario (PSB-RJ)
Romero Jucá (PMDB-RR)
Ronaldo Caiado (DEM-GO)
Rose de Freitas (PMDB-ES)
Sérgio Petecão (PSD-AC)
Simone Tebet (PMDB-MS)
Tasso Jereissati (PSDB-CE)
Telmário Mota (PDT-RR)
Valdir Raupp (PMDB-RO)
Vicentinho Alves (PR-TO)
Waldemir Moka (PMDB-MS)
Wellington Fagundes (PR-MT)
Wilder Morais (PP-GO)
Zezé Perrella (PTB-MG)
Contra: 20 votos
Angela Portela (PT-RR)
Armando Monteiro (PTB-PE)
Elmano Férrer (PTB-PI)
Fátima Bezerra (PT-RN)
Gleisi Hoffmann (PT-PR)
Humberto Costa (PT-PE)
João Capiberibe (PSB-AP)
Jorge Viana (PT-AC)
José Pimentel (PT-CE)
Kátia Abreu (PMDB-TO)
Lídice da Mata (PSB-BA)
Lindbergh Farias (PT-RJ)
Otto Alencar (PSD-BA)
Paulo Paim (PT-RS)
Paulo Rocha (PT-PA)
Randolfe Rodrigues (Rede-AP)
Regina Sousa (PT-PI)
Roberto Muniz (PP-BA)
Roberto Requião (PMDB-PR)
Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM)