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Política

- Publicada em 30 de Agosto de 2016 às 18:47

Cardozo deve propor cisão do julgamento

José Eduardo Cardozo ficou indignado com a advogada da acusação

José Eduardo Cardozo ficou indignado com a advogada da acusação


MARCELO CAMARGO/ABR/JC
O ex-ministro da Justiça José Eduardo Cardozo (PT), responsável pela defesa de Dilma Rousseff (PT) no julgamento final do processo de impeachment, disse ontem considerar adequado julgar separadamente a cassação do mandato da presidente afastada e a inabilitação dela para o exercício de funções públicas por oito anos.
O ex-ministro da Justiça José Eduardo Cardozo (PT), responsável pela defesa de Dilma Rousseff (PT) no julgamento final do processo de impeachment, disse ontem considerar adequado julgar separadamente a cassação do mandato da presidente afastada e a inabilitação dela para o exercício de funções públicas por oito anos.
Ele explicou que a base de apoio à petista ainda não decidiu se vai pedir para que o julgamento das duas questões seja dividido, mas que o momento certo para fazê-lo é hoje, pouco antes da votação definitiva no Senado. "Os senadores estão decidindo. Acho que vai (ser feito)."
O assunto foi discutido em reunião dos aliados de Dilma com a defesa, no início da tarde de ontem. Eles vão se basear em precedente do processo de Fernando Collor, que tramitou em 1992, para propor a cisão do julgamento.
O artigo 52 da Constituição prevê que, em caso de impeachment do presidente da República, cabe a condenação do mandatário "à perda do cargo, com inabilitação, por oito anos, para o exercício de função pública, sem prejuízo das demais sanções judiciais cabíveis".
Cardozo sustenta que o texto da Carta Magna apenas sugere que a aplicação das duas sanções é indissociável, mas que, no caso de Collor, as duas questões foram apreciadas em separado.
Ontem, bastante emocionado, Cardozo não conseguiu segurar as lágrimas depois de apresentar a defesa de Dilma no plenário do Senado. Ele classificou de "muito injustas" as palavras da acusação de que o afastamento da petista teria como objetivo o bem das gerações futuras.
"As palavras da acusação foram muito injustas. Para quem conhece a presidente Dilma, pedir a condenação para defender os seus netos foi algo que me atingiu muito fortemente", disse Cardozo.
Questionado sobre o motivo de estar tão emocionado, Cardozo respondeu que ele jamais vai perder a capacidade de se indignar diante das injustiças. "Aquele que perde a capacidade de se indignar diante da injustiça, perdeu a sua humanidade, por isso eu me emocionei."
O ex-ministro encerrou pedindo que, se os senadores quiserem julgar a petista pelo conjunto da obra do governo, aceitem a proposta dela de convocar um plebiscito para a população brasileira escolher se querem novas eleições para presidente.
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