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operação Lava Jato

- Publicada em 15 de Agosto de 2016 às 18:36

Moro aceita denúncia e Paulo Ferreira vira réu

O juiz Sérgio Moro, responsável pelas ações da Operação Lava Jato, aceitou denúncia contra Paulo Ferreira, ex-tesoureiro do PT, e outras 13 pessoas sob acusação de corrupção, lavagem de dinheiro e cartel na Petrobras. É a primeira vez que Ferreira, que antecedeu João Vaccari Neto na tesouraria do PT, se torna réu da Lava Jato.
O juiz Sérgio Moro, responsável pelas ações da Operação Lava Jato, aceitou denúncia contra Paulo Ferreira, ex-tesoureiro do PT, e outras 13 pessoas sob acusação de corrupção, lavagem de dinheiro e cartel na Petrobras. É a primeira vez que Ferreira, que antecedeu João Vaccari Neto na tesouraria do PT, se torna réu da Lava Jato.
O ex-deputado federal é acusado de ter recebido cerca de R$ 1 milhão em propina na obra do Cenpes (Centro de Pesquisas da Petrobras), no Rio de Janeiro - investigada na 31ª fase da operação. Segundo os procuradores, os valores foram direcionados a contas de seus familiares, empresas terceiras e até a uma escola de samba de Porto Alegre, base eleitoral do ex-tesoureiro.
Ferreira nega irregularidades e diz que as transferências foram legais, feitas a fornecedores e integrantes de sua campanha a deputado federal, em 2010.
No total, R$ 20 milhões foram desviados do contrato, segundo a denúncia. A construção foi iniciada em 2008 e custou cerca de R$ 1 bilhão.
Na decisão, Moro entendeu que há "indícios suficientes de autoria e materialidade" contra os acusados.
Também viraram réus os empresários responsáveis pela obra, das construtoras OAS (Leo Pinheiro, ex-presidente, e Agenor Franklin Medeiros), Construcap (Roberto Capobianco e Erasto Messias da Silva Júnior), Construbase (Genésio Schiavinato Júnior), Schahin (Edison Freire Coutinho e José Antônio Marsílio Schwarz) e Carioca Engenharia (Ricardo Backheuser Pernambuco).
Eles são acusados de acertar o valor do contrato e, posteriormente, pagar propina a agentes da Petrobras e a membros do PT - que daria sustentação política à diretoria de Serviços.
O ex-diretor da estatal Renato Duque também está entre os réus - além de quatro operadores do esquema (Adir Assad, Roberto Trombeta, Rodrigo Morales e o advogado Alexandre Romano), que fizeram a operação financeira, por meio de contratos de fachada e pagamentos no exterior.
Os últimos três são delatores da Lava Jato, e deram origem à investigação dos fatos denunciados.
Preso preventivamente em São Paulo, o ex-tesoureiro do PT Paulo Ferreira afirmou à PF na época que as empresas e pessoas beneficiadas pelos repasses "custearam despesas de sua campanha" a deputado federal, em 2010.
O advogado Alexandre Romano, que também é réu e fez vários dos pagamentos apontados na denúncia, atuava como seu "captador de recursos", argumentou. As transferências feitas a uma escola de samba, amigos e familiares, assim, eram para quitar gastos de campanha.
 

Encontrados pen drive com músicas na cela de José Dirceu

Uma revista nas celas da sexta galeria do Complexo Médico Penal de Pinhais, onde vivem os presos da Operação Lava Jato, encontrou carregador de celular, pendrives e outros objetos não permitidos pelo regulamento do presídio no xadrez de presos do Petrolão. O pente-fino foi feito no dia 1 de agosto, mas só foi revelado ontem. No cubículo onde moram o ex-ministro José Dirceu (PT) e o ex-deputado federal Luiz Argôlo os agentes penitenciários apreenderam quatro pendrives, um carregador de celular modelo Samsung, um carregador de um aparelho portátil de reprodução de música e um cabo com entrada USB. Os carregadores e os pendrives estavam escondidos num saco plástico preto. Dirceu e Argôlo não assumiram a propriedade do material apreendido, o que fez com que os dois fossem punidos pela direção do Complexo com 20 dias sem visitas. A posse de um carregador de celular é considerada falta de nível médio. Não foi achado aparelho celular na cela.