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Política

- Publicada em 09 de Agosto de 2016 às 19:51

Força-tarefa solicita que EUA enviem dados de Santana ao TSE

A força-tarefa da Operação Lava Jato quer a autorização da Justiça norte-americana para repassar os extratos bancários do marqueteiro petista João Santana no exterior ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Os dados irão para a ação movida pelo PSDB na Corte Eleitoral que pede a impugnação da chapa Dilma Roussef (PT) / Michel Temer (PMDB), que disputou as eleições presidenciais em 2014.
A força-tarefa da Operação Lava Jato quer a autorização da Justiça norte-americana para repassar os extratos bancários do marqueteiro petista João Santana no exterior ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Os dados irão para a ação movida pelo PSDB na Corte Eleitoral que pede a impugnação da chapa Dilma Roussef (PT) / Michel Temer (PMDB), que disputou as eleições presidenciais em 2014.
Em depoimento ao juiz Sérgio Moro no final de julho, o publicitário e sua mulher, Mônica Moura, admitiram que receberam no exterior recursos para a campanha de Dilma de 2010. O casal afirmou que os depósitos no valor de US$ 4,5 milhões feitos pelo lobista Zwi Skornicki na conta deles na Suíça, de fato, serviram para quitar dívidas eleitorais, que, na época, somavam R$ 10 milhões.
"Achava que isso poderia prejudicar profundamente a presidente Dilma", afirmou Santana. "Eu, que ajudei, de certa maneira, a eleição dela, não seria a pessoa que iria destruir a presidente. Nessa época, já se iniciava um processo de impeachment, mas ainda não havia nada aberto. Sabia que isso poderia gerar um grave problema."
Apesar de as transações terem como destino uma offshore localizada na Suíça, parte dos dados passou por agências do Citibank em Nova Iorque. Foi através de documentos entregues pelos americanos à força-tarefa no ano passado que se confirmou que o casal recebeu recursos ilícitos no exterior.
O pedido de compartilhamento foi encaminhado, na segunda-feira, à Coordenação-Geral de Recuperação de Ativos do Ministério da Justiça, que faz a intermediação com autoridades estrangeiras em casos de compartilhamento de documentos.
Não é a primeira vez que o TSE pede o compartilhamento de dados com a Lava Jato. Em junho, a força-tarefa encaminhou 78 documentos da investigação para Brasília. Os materiais serão utilizados como prova emprestada e podem ser utilizados para complementar a ação em curso no TSE que pode destituir até o presidente interino Michel Temer (PMDB) caso sejam comprovadas irregularidades.
E em maio, foram encaminhados ao TSE 165 documentos da operação envolvendo delações que relacionam as doações ao PT ao esquema de corrupção na estatal petrolífera. Os compartilhamentos atendem a pedidos do TSE na ação de investigação movida pelo PSDB.
 
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