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IMPEACHMENT

- Publicada em 03 de Agosto de 2016 às 17:43

Comissão começa com bate-boca sobre pressão de Michel Temer

A Comissão Especial que analisa o processo de impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff (PT) retomou, na manhã desta quarta-feira, os trabalhos em clima de bate-boca sobre a atuação do presidente interino Michel Temer (PMDB) para acelerar a data do julgamento final do impeachment para o dia 25 ou 26.
A Comissão Especial que analisa o processo de impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff (PT) retomou, na manhã desta quarta-feira, os trabalhos em clima de bate-boca sobre a atuação do presidente interino Michel Temer (PMDB) para acelerar a data do julgamento final do impeachment para o dia 25 ou 26.
O assunto foi levantando pelo senador Lindbergh Farias (PT-RJ), que chamou de "intervenção indevida" do presidente interino Michel Temer, citando seu jantar na residência do ministro Gilmar Mendes e depois em almoço com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).
Lindbergh e o presidente da comissão, senador Raimundo Lira (PMDB-PB), concordaram que quem marca a data é o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Ricardo Lewandowski, que é o presidente do processo de impeachment.
"Almoça com o presidente da República e diz que vai antecipar? Que acordão é esse? O presidente do STF não vai aceitar esse tipo de chantagem. Pressão indevida de Michel Temer", disse Lindbergh sobre jantar na residência de Gilmar Mendes e almoço com Renan na terça-feira.

Cardozo acusa relator de agir com 'paixão partidária'

O ex-ministro da Justiça José Eduardo Cardozo (PT) acusou, quarta-feira, o relator do processo de impeachment de Dilma Rousseff (PT), senador Antonio Anastasia (PSDB-MG), de ter elaborado seu relatório final com "paixão partidária" e, assim, não ter esclarecido os pontos cruciais da denúncia.
"Eu, pessoalmente, tinha uma grande expectativa sobre o relatório. Conheço o senador, homem correto, jurista respeitado, e me perguntava se, diante das provas dos autos, ele conseguiria se libertar da paixão partidária para olhar as provas? Para buscar a verdade, em vez de curvar-se a paixões. Com toda a vênia, ele não conseguiu isso. Conseguiu, sim, com brilhantismo, manter a posição de seu partido", afirmou Cardozo, advogado de Dilma. Cardozo contestou o relatório apresentado por Anastasia à Comissão do Impeachment.

Defensores da petista questionam a data do julgamento

Os senadores que defendem a presidente afastada Dilma Rousseff (PT) e seu advogado, José Eduardo Cardozo, se reunira ontem com o presidente do STF, Ricardo Lewandowski. O grupo tratou da data que começará o julgamento em plenário. O calendário de Lewandowski previa início para o dia 29, mas o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), disse que está definido o começo nos dias 25 ou 26. Cardozo questionará Lewandowski também sobre o número de testemunhas. Estaria definido cinco para acusação e cinco para defesa. No entanto, Cardozo afirmou que, como se tratam de quatro fatos, cabem cinco testemunhas para cada um deles, totalizando 20 testemunhas. A eventual presença de Dilma no plenário do Senado também será tratada com o presidente do STF.