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Opinião

- Publicada em 31 de Agosto de 2016 às 16:00

O dia seguinte

Passada a extensa e cansativa sessão de cassação da agora ex-presidente Dilma Rousseff (PT), que durante dias tomou a mídia nacional, e que coroou uma crise política que se iniciou no dia seguinte à sua reeleição em 2014 e teve reflexos negativos na economia, paralisando-a por quase dois anos e constituindo-se na maior crise econômica da História do País, a pergunta é: e agora? O dia seguinte a tudo isso nos reserva ainda incertezas e uma mescla de sentimentos de expectativas e esperanças nos rumos que a economia tomará.
Passada a extensa e cansativa sessão de cassação da agora ex-presidente Dilma Rousseff (PT), que durante dias tomou a mídia nacional, e que coroou uma crise política que se iniciou no dia seguinte à sua reeleição em 2014 e teve reflexos negativos na economia, paralisando-a por quase dois anos e constituindo-se na maior crise econômica da História do País, a pergunta é: e agora? O dia seguinte a tudo isso nos reserva ainda incertezas e uma mescla de sentimentos de expectativas e esperanças nos rumos que a economia tomará.
O agora presidente Michel Temer (PMDB) carrega a responsabilidade de tomar decisões que mantenham as expectativas dos agentes econômicos, investidores e consumidores, mesmo com políticas impopulares. Para isso, precisará de sua reconhecida habilidade política. A retomada da atividade econômica precisa de políticas que conciliem o lado da produção e o lado financeiro, conduzindo a economia para o equilíbrio. Equilíbrio menos teórico e mais prático, no sentido de uma retomada da estabilidade institucional e confiança dos agentes econômicos no poder constituído. Tal objetivo demanda reformas amargas e impopulares, como a da Previdência Social. Aliada a ela, a retomada das obras de infraestrutura seguindo um cronograma factível, além do cuidado com as políticas sociais que busquem a redução das desigualdades sociais. Em relação ao mercado financeiro, a expectativa da mudança na presidência é que aumentará a transparência nas ações, o que permite uma melhor precificação dos ativos.
Embora o mercado sinalize que o impeachment estava há algum tempo precificado, a análise agora é para o preço dos ativos daqui para frente. Temer precisará ser convincente quanto à condução das reformas e controle fiscal, ainda mais com eleições municipais próximas. Disso depende a expectativa quanto à redução da taxa básica de juros da economia e taxa de câmbio, a qual impacta na balança comercial. Do contrário, os prognósticos otimistas não passarão de retórica. O dia seguinte ainda carrega as incertezas do passado, mas com expectativa de entrarmos em um cenário otimista.
Economista e professor de Finanças
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