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Opinião

- Publicada em 15 de Agosto de 2016 às 15:33

Contrariar interesses individuais custa caro

Há muito tempo o Rio Grande do Sul não via um governador como José Ivo Sartori (PMDB). Ele não promete mundos e fundos. Não anuncia feitos pela metade e jamais semeia expectativas improváveis. Se hoje o Estado não pode fazer quase nada, é porque sempre pensou que podia fazer quase tudo.
Há muito tempo o Rio Grande do Sul não via um governador como José Ivo Sartori (PMDB). Ele não promete mundos e fundos. Não anuncia feitos pela metade e jamais semeia expectativas improváveis. Se hoje o Estado não pode fazer quase nada, é porque sempre pensou que podia fazer quase tudo.
Aqui neste espaço, o presidente da Fessergs, Sérgio Arnoud, já associou medidas de ajuste fiscal ao desmonte dos serviços públicos. Ora, qual é o governante que, em sã consciência, quer trabalhar pelo mal da comunidade ou contra a classe que é o coração do Estado: o funcionalismo? Sartori não deseja salários sem reajustes e tampouco atrasar pagamentos. Também não quer retardar repasses de recursos ou nomeações. Mudar as regras para reequilibrar as finanças combalidas tem um alto preço político. Contraria interesses individuais em detrimento do bem coletivo. Não é fácil vencer resistências de quem estava acostumado a um Estado mergulhado na insolvência e que, ainda assim, afundava-se ainda mais. Este governo assumiu um déficit de R$ 5,4 bilhões e pagou 14% de reajuste aos professores - concedido um mês depois das eleições de 2014. Integralizou aumentos da segurança, que somarão R$ 4 bilhões em quatro anos. A folha de pagamento representa 75% dos impostos e, em virtude do maior saque de depósitos judiciais da história - feito pelo governo anterior -, o Estado passou a arcar com juros de R$ 1 bilhão ao ano.
Apontar soluções é preciso. A Lei de Responsabilidade Fiscal Estadual e o Regime de Previdência Complementar terão muitos reflexos positivos. As novas alíquotas de ICMS resolveram 30% do déficit. A renegociação da dívida com a União reduziu à metade o restante a pagar. Mas é preciso também espírito público para vencer a crise. A população não pode mais admitir um Rio Grande em situação de falência. E, para sair dela, é preciso esforço compartilhado.
Deputado estadual (PMDB)
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