O candidato do Partido Republicano à presidência dos Estados Unidos, Donald Trump, elevou o tom das críticas à adversária democrata, Hillary Clinton, e ao presidente Barack Obama. Em entrevista por telefone ao programa Box Squawk, da rede de TV a cabo CNBC, Trump acusou Obama de ser o "fundador do Estado Islâmico" e Hillary, de "cofundadora".
Para justificar a acusação, Trump disse que o EI nasceu e se desenvolveu com a retirada das tropas norte-americanas do Iraque, em 2011. O presidente Obama opôs-se à guerra e, na campanha para a Casa Branca, em 2008, prometeu acabar com ela. O Estado Islâmico, tanto no Iraque quanto na Síria, tomou o lugar da Al Qaeda, um movimento islâmico de oposição, surgido após a invasão dos Estados Unidos ao Iraque em 2003.
Na entrevista, o bilionário disse ainda que quer ganhar as eleições com o estilo que tem mostrado ao longo da campanha: franco e sem censura. "Eu sou um contador da verdade, tudo o que faço é dizer a verdade", acrescentou o republicano que, nas últimas semanas, tem perdido pontos nas pesquisas eleitorais. No próprio Partido Republicano, são crescentes as críticas de parlamentares à forma descortês, ou até mesmo desrespeitosa, com que Trump se refere aos muçulmanos e aos imigrantes, principalmente os de origem latina.