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Internacional

- Publicada em 10 de Agosto de 2016 às 16:24

Governo prepara pacote antiterror

Buscas por supostos extremistas foram realizadas ontem

Buscas por supostos extremistas foram realizadas ontem


CHRISTIAN GOSSMANN/ GERMANY OUT /AFP/JC
O Ministério do Interior da Alemanha planeja apresentar hoje um pacote de medidas que endurece seu aparato de segurança, após uma sequência de atentados no país. Entre 18 e 26 de julho, 15 pessoas foram mortas em cinco ataques distintos. Duas das ações foram reivindicadas pela facção terrorista Estado Islâmico (EI), e três dos suspeitos estavam no país em busca de asilo, segundo informações de agências de notícias.
O Ministério do Interior da Alemanha planeja apresentar hoje um pacote de medidas que endurece seu aparato de segurança, após uma sequência de atentados no país. Entre 18 e 26 de julho, 15 pessoas foram mortas em cinco ataques distintos. Duas das ações foram reivindicadas pela facção terrorista Estado Islâmico (EI), e três dos suspeitos estavam no país em busca de asilo, segundo informações de agências de notícias.
As medidas em discussão incluem acelerar o processo de deportação de estrangeiros e romper o sigilo médico nos casos em que há suspeita de ameaça à segurança. A Alemanha recebeu mais de 1 milhão de imigrantes e refugiados no ano passado, a maior parte deles muçulmanos fugindo de conflitos ou pobreza no Oriente Médio, no Afeganistão ou na África.
Depois dos ataques de julho, a política da chanceler alemã Angela Merkel passou a ser duramente criticada. De acordo com a imprensa local, o pacote a ser apresentado pelo ministro Thomas de Maiziere pode entrar em vigor mesmo sem a aprovação da Câmara Baixa do Parlamento, em meados de 2017.
Também estão em debate a possibilidade de aumentar em 15 mil o número de policiais até 2020 e utilizar armamentos mais pesados, além do incremento na vigilância por câmeras em lugares públicos e a retirada da dupla nacionalidade de cidadãos. Pode ser proposto, ainda, proibir as burcas, vestimentas islâmicas que cobrem todo o corpo das mulheres muçulmanas.
A notícia sobre o pacote estudado pelo governo Merkel coincide com o recrudescimento do controle fronteiriço no país. A Alemanha recusou, no primeiro semestre de 2016, 50% mais pessoas em suas fronteiras em comparação com todo o ano de 2015.
No ano passado, 8.913 pessoas haviam sido impedidas de entrar no país. Nos seis primeiros meses de 2016, foram 13.324. Houve 20.888 deportações em 2015, enquanto 13.743 foram deportados no primeiro semestre de 2016.
Há constantes críticas a essas medidas no Parlamento alemão, com políticos referindo-se a elas como "irresponsáveis", por devolver refugiados a zonas de conflito. Também no contexto do recrudescimento das medidas de segurança, ocorreu, ontem, uma série de buscas por suspeitos de envolvimento com atos extremistas. Não há informações sobre detenções.
A revista Der Spiegel publicou, no início desta semana, reportagem sobre ex-membros do EI que têm colaborado com as forças de segurança alemãs, atraindo a ira de militantes da organização. As informações, valiosas ao governo em sua luta contra o terrorismo, ajudam a entender motivações e procedimentos de recrutas rumo à milícia terrorista, que tem sua base em um extenso território incluindo partes da Síria e do Iraque.
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