Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Geral

- Publicada em 25 de Agosto de 2016 às 22:24

Porto Alegre tem somente metade das 12 mil vagas de jovens aprendizes preenchidas

Segundo Patrícia, trabalho por cumprimento de cota tem gerado frutos

Segundo Patrícia, trabalho por cumprimento de cota tem gerado frutos


MARCELO G. RIBEIRO/JC
Isabella Sander
Criada em 2000, a Lei da Aprendizagem tem o intuito de evitar o trabalho infantil, gerando renda a adolescentes pobres com 14 a 17 anos através de bolsa-auxílio, para que exerçam atividades com características e horários compatíveis com a idade em empresas de médio e grande porte. As cotas de 5% a 15% do quadro de funcionários composto por jovens aprendizes, contudo, não são cumpridas pela maioria das empresas no Brasil. Em Porto Alegre, a demanda é de 12 mil vagas para menores de idade. Dessas, somente 6 mil estão preenchidas.
Criada em 2000, a Lei da Aprendizagem tem o intuito de evitar o trabalho infantil, gerando renda a adolescentes pobres com 14 a 17 anos através de bolsa-auxílio, para que exerçam atividades com características e horários compatíveis com a idade em empresas de médio e grande porte. As cotas de 5% a 15% do quadro de funcionários composto por jovens aprendizes, contudo, não são cumpridas pela maioria das empresas no Brasil. Em Porto Alegre, a demanda é de 12 mil vagas para menores de idade. Dessas, somente 6 mil estão preenchidas.
Dos 3,3 milhões de crianças e adolescentes explorados atualmente pelo trabalho infantil, 2,7 milhões têm 14 anos ou mais e seriam contemplados, se a Lei da Aprendizagem fosse de fato respeitada. "Temos atuado desde 2000 no projeto de inclusão de aprendizes nas empresas, e isso tem gerado resultados muito positivos, especialmente no Rio Grande do Sul. Buscamos ter ações integradas com escolas, para melhor articular a rede de enfrentamento", destaca Patrícia Sanfelice, procuradora do Ministério Público do Trabalho (MPT). Atualmente, há 35 mil jovens aprendizes no Estado.
Segundo a assessora pedagógica da Secretaria Estadual de Educação (Seduc) e integrante da Comissão Estadual de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil (Cepeti), Luciana Schneider, é no jogo do faz de conta que a criança experimenta diferentes papéis e se prepara para a vida adulta. "Um estudo feito na Irlanda do Norte mostrou que os profissionais melhor sucedidos foram crianças que brincaram muito", recorda.
A urgência por uma fonte de renda que ponha comida na mesa da família, contudo, leva milhões de crianças e adolescentes brasileiros a trabalhar antes do tempo. Para prevenir essas situações, uma alternativa apontada pela Seduc é a ampliação progressiva das escolas de tempo integral, onde são oferecidos merenda e almoço. Hoje, dos aproximadamente 900 mil alunos da rede básica estadual gaúcha, 24 mil têm acesso a vagas para tempo integral. A Seduc também conta com um projeto de formação de multiplicadores em todas as regiões do Estado, para promover uma campanha de prevenção ao trabalho infantil até o final de 2017.
Marcelo Bernardi, coordenador-geral dos Conselhos Tutelares de Porto Alegre, reconhece a falta de oportunidades e salienta que muitos ficam impedidos de ir às aulas por terem que cuidar de filhos ou irmãos. "A falta de vagas na Capital para crianças de zero a três anos prejudica a aprendizagem também dos adolescentes de baixa renda", lamenta.
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO