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Transporte

- Publicada em 15 de Agosto de 2016 às 23:29

EPTC promete readequar horários de linhas noturnas

Estimativa é de que a ampliação será feita até o final deste mês

Estimativa é de que a ampliação será feita até o final deste mês


MARCELO G. RIBEIRO/JC
A preocupação com a segurança e a mobilidade de trabalhadores das áreas de hospedagem e alimentação da Capital motivou uma reunião entre o Sindicato de Hospedagem e Alimentação de Porto Alegre e Região (Sindha), o Sindicato de Hotéis de Porto Alegre (Shpoa) e a Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC). Alegando dificuldades em preencher o quadro noturno dos estabelecimentos, os sindicatos pedem a ampliação dos horários de ônibus das linhas T6, T7, T9, Rio Branco, Restinga e Tristeza.
A preocupação com a segurança e a mobilidade de trabalhadores das áreas de hospedagem e alimentação da Capital motivou uma reunião entre o Sindicato de Hospedagem e Alimentação de Porto Alegre e Região (Sindha), o Sindicato de Hotéis de Porto Alegre (Shpoa) e a Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC). Alegando dificuldades em preencher o quadro noturno dos estabelecimentos, os sindicatos pedem a ampliação dos horários de ônibus das linhas T6, T7, T9, Rio Branco, Restinga e Tristeza.
Segundo o presidente do Sindha, Henry Chmelnitsky, além de colocar em risco os trabalhadores, as empresas acabam contratando serviços não autorizados para fazer o transporte. "Isso acaba custando caro e também, por se tratar de um período noturno, não sabemos se o motorista está sóbrio", alerta. Para ele, a ampliação do horário dos ônibus das seis linhas até a meia-noite já ajudaria a solucionar o problema.
O diretor-presidente da EPTC, Vanderlei Cappellari, garantiu que a adequação deve ser atendida até o final deste mês. "Fazemos uma análise dos mapas de operação das linhas e, às vezes, dá para dar uma esticada para atender aos últimos horários da meia-noite. Nossa operação regular vai até a 1h, mas algumas linhas encerram às 23h30min", comenta o presidente, que negou a necessidade de contratação de mais motoristas para readequar os horários.

Procura pelo transporte público caiu nos últimos meses

Durante a reunião, Cappellari expressou preocupação com a redução do número de passageiros do transporte público na Capital. Nos últimos cinco meses, o total de transportados caiu 7% durante o dia e 14% à noite, o equivalente a 5 milhões de passageiros.
O presidente afirma que o alto índice de desemprego gerado pela crise financeira é o principal motivo do abandono. "Claro que a insegurança e o preço da tarifa também contribuem. A tarifa alta é um motivador para que o usuário procure uma alternativa mais econômica, como a bicicleta", argumenta.
A EPTC analisou os índices dos últimos cinco anos, considerando os meses de março a julho. Em 2011, foram mais de 20 milhões de passageiros pagantes e, no mesmo período de 2016, foram 16,6 milhões. Além disso, o índice de passageiros, em 2011, era de dois por quilômetro e, agora, caiu para 1,6.
Um grupo de trabalho vem analisando todas as 429 linhas de Porto Alegre a fim de reavaliar a operação. Por enquanto, Cappellari descarta a possibilidade de reavaliação do preço da tarifa. "Veremos se há possibilidade de fazer um espaçamento maior em algumas linhas que tem uma menor demanda", exemplifica.
Em relação à segurança pública, a iluminação de paradas e a implementação de câmeras de segurança nas linhas da Carris foram citadas como medidas adotadas. A EPTC também tem informado a respeito da Parada Segura, que permite que os motoristas parem mais perto do destino final dos usuários das 22h às 6h.

Implementação de ônibus elétrico ainda não tem previsão

A empresa ainda estuda a possibilidade de compra de ônibus elétricos para complementação da frota. Apesar de serem mais caros que os veículos à diesel, consomem seis vezes menos. No total, três ônibus já foram testados e um deles já foi homologado, estando apto para ser absorvido pela frota da Capital. Agora, é a vez dos testes com um ônibus articulado, de 18 metros.
No entanto, ainda não há data prevista para que o ônibus homologado seja incluso no sistema, tampouco decisão sobre quantos ônibus elétricos serão adquiridos. "Estamos avaliando o impacto financeiro e desenvolvendo uma planilha especial. Um ônibus desses não pode custar o mesmo que um a diesel", reforça Cappellari. Os testes começaram em abril.