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Geral

- Publicada em 08 de Agosto de 2016 às 18:23

Ato pede arquivamento de denúncias contra jornalista que cobria ocupação na Sefaz

 - Jornalistas gaúchos fazem ato de desagravo a ação da Brigada e da Polícia Civil que resultou na prisão do jornalista Matheus Chaparini, do Jornal Já.

- Jornalistas gaúchos fazem ato de desagravo a ação da Brigada e da Polícia Civil que resultou na prisão do jornalista Matheus Chaparini, do Jornal Já.


FREDY VIEIRA/JC
Marcus Meneghetti
Depois de o Ministério Público (MP) denunciar o repórter do Jornal JÁ Matheus Chaparini e mais nove pessoas pelo episódio ocorrido na Secretaria Estadual da Fazenda (Sefaz), estudantes secundaristas e membros do Comitê em Defesa da Democracia e do Estado Democrático de Direito realizaram um ato, ontem de manhã, em frente ao Foro Central de Porto Alegre, pedindo à juíza responsável pela 9ª Vara Criminal, Claudia Junqueira Sulzbach, que não aceite as denúncias.
Depois de o Ministério Público (MP) denunciar o repórter do Jornal JÁ Matheus Chaparini e mais nove pessoas pelo episódio ocorrido na Secretaria Estadual da Fazenda (Sefaz), estudantes secundaristas e membros do Comitê em Defesa da Democracia e do Estado Democrático de Direito realizaram um ato, ontem de manhã, em frente ao Foro Central de Porto Alegre, pedindo à juíza responsável pela 9ª Vara Criminal, Claudia Junqueira Sulzbach, que não aceite as denúncias.
No dia 2 de agosto, o MP denunciou o jornalista e os demais pelos crimes de desobediência e dano qualificado. O repórter do Jornal JÁ - que acompanhou a manifestação ontem - considerou positiva a postura da juíza de ouvir todas as partes. "A juíza se mostrou aberta a ouvir tanto os envolvidos diretamente no caso da Sefaz como as diversas entidades que demonstraram apoio", analisou Chaparini.
Antes do ato, a magistrada recebeu alguns membros da comissão - que é composta por diversas entidades -, como o presidente do Sindicato dos Jornalistas do Rio Grande do Sul (Sindjor), Milton Simas, e o diretor do Jornal JÁ, Elmar Bones. "Durante o encontro, contextualizamos a ação dos secundaristas, explicando que os jovens estavam protestando por melhorias na educação, por um salário melhor para os professores, e a ocupação foi uma maneira de chamar a atenção da sociedade e do governo para isso. O repórter do JÁ estava lá cobrindo os acontecimentos", falou Simas, sobre a reunião com a juíza.
"Depois, convidamos a magistrada a assistir a um esquete teatral executado por estudantes, em frente ao fórum", disse o presidente do Sindjor. A juíza acompanhou a performance.
A ocupação da Sefaz ocorreu no dia 15 de junho. Chaparini e o cinegrafista independente Kevin D'Arc entraram no prédio da Fazenda ao verem a ação dos estudantes. Durante a desocupação do local, feita pela Brigada Militar (BM), os dois foram presos.
Conforme a denúncia do MP, assinada pelo promotor Luís Felipe de Aguiar Tesheiner, o cinegrafista e o repórter do JÁ, "embora posteriormente tenham identificado-se como jornalistas, igualmente concorreram para a ação delituosa, uma vez que ingressaram no prédio juntamente com os demais denunciados, sem qualquer colete ou crachá de identificação, e permaneceram agindo tal como os demais". Segundo o promotor, eles só teriam se identificado quando os policiais entraram no prédio. Na época, a BM e a Secretaria Estadual de Segurança sustentaram que o repórter não teria se identificado - o que foi desmentido por vídeos feitos pelo próprio jornalista e divulgados nos meios de comunicação e em redes sociais.
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