A Volkswagen confirmou que rompeu todos os contratos de fornecimento de peças com o grupo Prevent, após ter sido obrigada a suspender a produção de veículos em diversas oportunidades ao longo dos últimos três meses por falta de peças. Com o rompimento, a montadora decidiu antecipar para agosto as férias coletivas que estavam anteriormente previstas para outubro, em todas as fábricas, até que o fornecimento volte ao normal. A Volkswagen também foi à Justiça para requerer a retomada dos ferramentais de sua propriedade que se encontram nas unidades do grupo Prevent.
A empresa estima que, nos mais de 120 dias em que teve de parar a produção, somando as três fábricas de veículos no País (São Bernardo do Campo (SP), Taubaté (SP) e São José dos Pinhais (PR), deixou de produzir mais de 100 mil unidades. Em sua defesa, o grupo Prevent alega que todas as paradas ocorridas na produção da Volkswagen nos últimos três meses foram sempre precedidas de diversos comunicados de aviso e de alertas, no estrito cumprimento dos contratos.
De acordo com o advogado César Hipólito Pereira, que representa o grupo Prevent, a decisão da Volkswagen foi arbitrária e unilateral. "Esse anúncio nos pegou de surpresa, visto que, ao longo dos últimos meses, nossa diretoria tem se encontrado regularmente com a diretoria da Volkswagen para identificarmos e assegurarmos um denominador comum que atendesse às nossas demandas", disse, em nota.