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Conjuntura

- Publicada em 05 de Agosto de 2016 às 17:44

Confiança ganha fôlego e traz boas perspectivas

Boletim indica que arrefecimento no corte de empregos é sinal de acomodação nesse mercado

Boletim indica que arrefecimento no corte de empregos é sinal de acomodação nesse mercado


MARCELO G. RIBEIRO/JC
O Banco Central (BC) revelou, em seu Boletim Regional, uma avaliação mais positiva em relação à economia brasileira. Na parte que trata do cenário nacional, o documento afirma que o País se manteve em recessão no primeiro semestre deste ano, mas que, nos meses mais recentes, os impactos negativos desse cenário sobre os gastos com investimentos e consumo apresentaram relativa acomodação, evidenciada na evolução dos principais indicadores econômicos.
O Banco Central (BC) revelou, em seu Boletim Regional, uma avaliação mais positiva em relação à economia brasileira. Na parte que trata do cenário nacional, o documento afirma que o País se manteve em recessão no primeiro semestre deste ano, mas que, nos meses mais recentes, os impactos negativos desse cenário sobre os gastos com investimentos e consumo apresentaram relativa acomodação, evidenciada na evolução dos principais indicadores econômicos.
"No mesmo sentido, o desempenho dos índices de confiança de consumidores e empresários registraram recuperação importante no trimestre encerrado em maio - disseminada nas cinco regiões geográficas - que sugerem perspectivas mais favoráveis para a economia do País nos próximos trimestres", aponta o documento.
Segundo o BC, a melhora na confiança é favorecida pelos efeitos positivos do ajuste macroeconômico em curso e pela menor influência de eventos não econômicos, recorrentes nos últimos dois anos. Nesse contexto, o índice de atividade econômica do BC (IBC-BR) recuou 1% na margem no trimestre encerrado em maio, retração significativamente inferior à registrada em trimestres anteriores, considerados dados dessazonalizados.
O BC aponta que o comércio ampliado caiu 2,1% no trimestre encerrado em maio, de -1,7% no trimestre até fevereiro. Já em serviços houve queda de 1,0%. O mercado de crédito tem refletido a moderação observada na atividade econômica. Nesse sentido, o estoque das operações de crédito superiores a R$ 1 mil realizadas no País atingiu R$ 3,1 bilhões em maio, variando -1% no trimestre (de -1,8% no trimestre anterior) e 2,4% em 12 meses. A inadimplência dessas operações de crédito atingiu 3,6% no País, em maio, com variações de 0,2 ponto percentual no trimestre e de 0,7 ponto percentual em 12 meses.
A evolução do mercado de trabalho também segue influenciada pelo menor dinamismo da atividade econômica nos últimos trimestres. Nesse contexto, foram eliminados 254,2 mil postos de trabalho formais no País no trimestre encerrado em maio, ante -800,5 mil no finalizado em fevereiro e -194,1 mil em igual período de 2015, de acordo com o Caged. "O arrefecimento na eliminação de empregos formais na margem sugere perspectivas de acomodação nesse mercado, compatível com a melhora observada nos indicadores de confiança dos empresários", diz o Boletim Regional.
Já a produção da indústria caiu 0,2% no trimestre até maio, de -2,8% no trimestre até fevereiro. Segundo o BC, além da melhora na confiança, o setor tem sido ajudado pela continuidade da contribuição positiva do componente externo da demanda agregada.
"A análise da conjuntura recente sugere perspectivas de arrefecimento na retração da economia. Nesse contexto, destacaram-se os desdobramentos positivos do maior dinamismo do setor externo e da melhora nos índices de confiança dos agentes econômicos sobre o desempenho da indústria, contrastando com a trajetória de indicadores relacionados ao comércio e ao setor de serviços, que repercutem o ajuste mais lento nos mercados de trabalho e de crédito", resume o Boletim.
 

PIB da região Sul cresce 1,6% no trimestre até maio

 enorme fila no Sine onde foram oferecidas  2 mil vagas para desempregados.

enorme fila no Sine onde foram oferecidas 2 mil vagas para desempregados.


MARCELO G. RIBEIRO/JC
O PIB da região Sul subiu 1,6% no trimestre até maio, ante os três meses finalizados em fevereiro, quando havia caído 0,5%, conforme o Boletim Regional do Banco Central.
Considerados intervalos de 12 meses, o indicador contraiu 4,7% em maio, contra recuo de 2,8% em fevereiro e aumento de 0,9% em maio de 2015.
No âmbito fiscal, o superávit primário dos governos dos estados, das capitais e dos principais municípios do Sul totalizou R$ 2,1 bilhões no primeiro trimestre do ano, mesmo patamar observado em igual período de 2015. Houve redução de 50,4% no superávit dos governos estaduais e elevações respectivas de 215,2% e 437,5% nos das capitais e dos principais municípios. No resultado nominal, houve déficit de R$ 1,1 bilhão. A dívida líquida totalizou R$ 100,3 bilhões em março, elevando-se 0,1% em relação à dezembro de 2015.
A produção agrícola da região foi afetada por ocorrências climáticas adversas registradas no segundo trimestre do ano. A safra de grãos para 2016 está estimada em 74,2 milhões de toneladas (38,7% da produção nacional), de acordo com o IBGE. A retração anual de 2,2% incorpora projeções de recuos para as colheitas de feijão (17,7%), arroz (9,2%) e milho (9,1%), e de aumentos para as de soja (1,4%) e de trigo (18,9%).
"Ressalte-se que a continuidade do desempenho favorável do setor externo e da renda da produção agrícola podem constituir vetores de alta para o dinamismo da economia da região", diz o Boletim Regional.