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Economia

- Publicada em 03 de Agosto de 2016 às 17:53

Dois terços da dívida da Petrobras não geram resultado, diz Parente

 Pedro Parente, appointed president of state-owned oil giant Petrobras speaks during a press conference at Planalto Palace in Brasilia on May 19, 2016. / AFP PHOTO / EVARISTO SA

Pedro Parente, appointed president of state-owned oil giant Petrobras speaks during a press conference at Planalto Palace in Brasilia on May 19, 2016. / AFP PHOTO / EVARISTO SA


EVARISTO SA/AFP/JC
Pedro Parente, presidente da Petrobras, destacou que dois terços da dívida da companhia, de US$ 125 bilhões, não geram nem um real em receita para a empresa. As declarações foram feiras durante seminário organizado pelo banco Bradesco no Rio de Janeiro. De acordo com Parente, a dívida da estatal hoje é maior que a de 85% das empresas no mundo. "A dívida foi gerada desde 2011 e corresponde a quase cinco vezes o nosso Ebitda (geração de caixa operacional). Todo mundo sabe o que representa uma dívida desse tamanho", declarou.
Pedro Parente, presidente da Petrobras, destacou que dois terços da dívida da companhia, de US$ 125 bilhões, não geram nem um real em receita para a empresa. As declarações foram feiras durante seminário organizado pelo banco Bradesco no Rio de Janeiro. De acordo com Parente, a dívida da estatal hoje é maior que a de 85% das empresas no mundo. "A dívida foi gerada desde 2011 e corresponde a quase cinco vezes o nosso Ebitda (geração de caixa operacional). Todo mundo sabe o que representa uma dívida desse tamanho", declarou.
O presidente da petroleira estatal afirmou que os débitos foram gerados por razões que não geram resultado para a empresa. "Lembro que temos uma política de preços que não gerou resultados para a companhia e projetos que foram mais caros que o planejado. Dois terços dessa dívida não geram um real de resultado. E o outro um terço é de investimentos do pré-sal. E por isso temos que agir com firmeza em relação a um programa que busque a redução dessa dívida", disse Parente.
Parente destacou, durante o seminário, o programa de desinvestimentos da estatal. O último anúncio foi a venda de Carcará para a Statoil, por US$ 2,5 bilhões. "Fizemos de acordo com uma visão de portfólio. Carcará tem campo que não é tão interessante para gente, pois o poço tem muita pressão. E isso ia exigir investimentos de válvulas específicas, já que os nossos outros campos não têm esse nível de pressão. Além disso, teria um custo adicional com a infraestrutura de um campo em alto-mar. E não temos gasoduto, porque o campo tem muito gás. E iria exigir investimentos de US$ 12 bilhões a US$ 13 bilhões. E por isso foi um campo eleito para a gente para o desinvestimento."
O dirigente da petroleira destacou que está mantido o plano de desinvestimento da estatal, que é de cerca de US$ 15 bilhões entre 2015 e 2016. "Já vendemos cerca de US$ 3,7 bilhões. E vamos completar nossa meta de venda de ativos", disse Parente.
O presidente da Petrobras fez novas críticas à política de conteúdo local no País, indicando que o atual modelo prejudica as petroleiras. Segundo Parente, a quantidade de itens e a política de perdão às empresas têm viés punitivo e de proteção de mercado, sem estimular novos fornecedores e a inovação dos produtos. O executivo defendeu a realização de novos leilões de áreas do pré-sal para reaquecer a economia no País. "Nós somos totalmente a favor da política de conteúdo local, mas existem problemas na política atual. Ela prejudicou os contratantes", afirmou Parente. Segundo ele, a Petrobras está disposta a "contribuir com nossa visão para uma nova política que de fato atenda a indústria nacional".
O executivo ainda criticou o perfil "extremamente punitivo" da política. "Ela não foi capaz de desenvolver, não estimulava a chegada de novos e bons fornecedores. Era protecionista e não estimulava a inovação", resumiu.
Parente disse que espera um leilão do pré-sal para o início do ano que vem. Embora tenha frisado que ninguém fechou uma data específica, ele citou a importância de se resolver questões regulatórias para que o certame seja bem-sucedido. Lembrou ainda que as parcerias com outras petroleiras são importantes.
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