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Repórter Brasília

- Publicada em 11 de Agosto de 2016 às 00:05

Dilma ré


MOREIRA MARIZ/AGÊNCIA SENADO/JC
"Já sabemos que conseguiremos mudar esse plenário." O senador gaúcho Paulo Paim (PT, foto) falou essa frase na manhã do dia em que, 16 horas depois, os senadores transformaram a presidente afastada Dilma Rousseff (PT) em ré. Por 59 votos a 21, a votação se deu por encerrado e mostrou um placar muito pior para Dilma. Na admissibilidade, o resultado foi 55 votos a 22. De acordo com o advogado da presidente afastada, José Eduardo Cardozo (PT), nada mais que o esperado. "O placar já era relativamente esperado, um voto a mais, um voto a menos, mas era mais ou menos essa faixa." João Alberto Souza (PMDB-MA) mudou o voto. Era contra o impeachment e votou a favor. Eduardo Braga (PMDB-AM), Jader Barbalho (PMDB-PA) e de Pedro Chaves (PSC-MS) votaram pela primeira vez e aumentaram o placar desfavorável.
"Já sabemos que conseguiremos mudar esse plenário." O senador gaúcho Paulo Paim (PT, foto) falou essa frase na manhã do dia em que, 16 horas depois, os senadores transformaram a presidente afastada Dilma Rousseff (PT) em ré. Por 59 votos a 21, a votação se deu por encerrado e mostrou um placar muito pior para Dilma. Na admissibilidade, o resultado foi 55 votos a 22. De acordo com o advogado da presidente afastada, José Eduardo Cardozo (PT), nada mais que o esperado. "O placar já era relativamente esperado, um voto a mais, um voto a menos, mas era mais ou menos essa faixa." João Alberto Souza (PMDB-MA) mudou o voto. Era contra o impeachment e votou a favor. Eduardo Braga (PMDB-AM), Jader Barbalho (PMDB-PA) e de Pedro Chaves (PSC-MS) votaram pela primeira vez e aumentaram o placar desfavorável.
Não dá para procrastinar
Depois dessa etapa, a acusação teria um prazo total de 48 horas para apresentar a sua peça. Entretanto, o advogado João Berchmans não perdeu tempo e entregou o processo de nove páginas apenas 10 horas após o final da votação. "As provas já foram demonstradas e são contundentes e não queremos procrastinar." Agora, Cardozo tem 48 horas para entregar a defesa da presidente afastada. Somente após a apresentação da peça da defesa é que o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Ricardo Lewandowski, poderá marcar a data do julgamento. Entretanto, há um espaço de 10 dias que deve ser observado entre o anúncio da data com a notificação das partes envolvidas no processo e a sessão de julgamento.
Reações óbvias
A reação no Congresso Nacional foi óbvia e se dividiu entre a base do interino Michel Temer (PMDB) e a nova oposição. Peemedebistas, tucanos e o centrão comemoraram, enquanto petistas e o resto dos parlamentares de oposição olharam o resultado com um misto de apreensão e esperança. "Nós poderemos ver quem está com a contabilidade certa. Eles falam em 60 e nós em 30. É uma conta que não fecha", disse o senador gaúcho Paulo Paim, que espera reverter o impeachment "no debate". O líder petista no Senado, Humberto Costa (PE), foi enfático. "Foi uma vitória mantermos o voto de 21 senadores sem termos feito nada além de a disputa política e acreditamos que há condição de termos mais seis ou sete votos". Já a senadora gaúcha Ana Amélia Lemos (PP) afirmou que o impeachment é "um processo sem volta". "É inexorável e até o final de agosto teremos o afastamento definitivo de Dilma Rousseff", disse. O senador gaúcho Lasier Martins (PDT) concordou com a colega do Rio Grande do Sul. Para ele, o afastamento é "grave, lastimável, mas inevitável".
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