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- Publicada em 30 de Agosto de 2016 às 00:01

Muitos 'Lulas' e poucas 'Dilmas'

· Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o ex-presidente, está combalido, mas, ainda assim, 149 candidatos a vereador e prefeito - pelo Brasil afora - incorporaram "Lula" em seus nomes de urna; o Nordeste lidera. No Brasil todo, em 2012 foram 106 "Lulas".
· Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o ex-presidente, está combalido, mas, ainda assim, 149 candidatos a vereador e prefeito - pelo Brasil afora - incorporaram "Lula" em seus nomes de urna; o Nordeste lidera. No Brasil todo, em 2012 foram 106 "Lulas".
· As "Dilmas" começam a ficar em desuso. Em 2012, eram 68; agora, são 12.
· Sérgio Moro se lançou candidato a vereador em Curitiba, pelo PSD. Mas não é o juiz Moro da Operação Lava Jato, claro. Trata-se de Sérgio Moro Harger, empresário que está pegando uma carona malandra no nome do xará muito famoso.

E tem também...

Outras preciosidades com os apelidos de candidatos Brasil afora. Na Bahia, tem Diana, a Gostosa. Em Porto Alegre, um cidadão se registrou como candidato (PEN) apelidado de "É pela família"; outro se intitula "Wilson, o indignado" (PPS). Em Rio Grande, concorre o "Repolhinho", inscrito pelo PSDB. Desacreditada, a classe política tem medo de muita coisa menos do ridículo.

Delação descartada

Foi mais uma confissão do que uma delação. Foi assim que investigadores receberam as afirmações do ex-presidente da OAS José Adelmário Pinheiro Filho, o Léo Pinheiro, sobre o ex-presidente Lula nas negociações de um acordo de colaboração na Operação Lava Jato.
Fontes que acompanharam as tratativas com a OAS avaliaram os dados entregues até agora como "muito fracos" para sustentar um acordo: ou já eram de domínio dos investigadores ou estão incompletos.
O encerramento das conversas com o executivo na semana passada, por ordem da Procuradoria-Geral da República, foi interpretado como uma advertência não só à OAS, mas também a outras empreiteiras que negociam acordos com o Ministério Público.

Negociação direta

Empresas e funcionários passam a poder estabelecer diretamente as condições de trabalho, caso o sindicato da categoria se negue a seguir com a negociação. A decisão é da Subseção I Especializada em Dissídios Individuais (SBDI-1) do Tribunal Superior do Trabalho. A possibilidade, entretanto, só será admitida se preencher requisitos como a prova cabal da recusa do sindicato e a procura da federação e confederação correspondente para a resolução do impasse.

Prende ou não prende?

O Supremo Tribunal Federal (STF) deve julgar, nesta semana, a ação que pode reverter decisão majoritária da própria Corte, que determinou, em 17 de fevereiro, a prisão de condenados já na segunda instância no Brasil. Políticos e advogados criminalistas ficaram com os cabelos em pé. A questão divide magistrados e será examinada mais uma vez. A ação foi apresentada pelo Conselho Federal da OAB e outras entidades.
A menos que ocorra algum imprevisto, ou algum peRdido (com "R") de vista, o julgamento deve começar e terminar na nesta quinta-feira (01/09).

Vai aproveitar muito para...

O Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE-RJ) notificou ontem o prefeito Eduardo Paes e o candidato Pedro Paulo (ambos do PMDB) para que identifiquem a data e o local onde foi gravado o vídeo em que o primeiro aparece entregando um apartamento a uma mulher dizendo-lhe que ela "vai trepar muito no quarto da nova residência". Para o TRE-RJ, o problema não é o comportamento do prefeito ou do seu candidato à sucessão. Segundo o juiz Marcello Rubioli, responsável pela fiscalização da propaganda eleitoral, desde 2 de junho, as inaugurações públicas estão proibidas, assim como a presença de candidatos em eventos desse tipo.

Lavanderia da corrupção

O ministro Herman Benjamin, que assume hoje o cargo de corregedor, avalia que a Justiça Eleitoral se transformou em uma "lavanderia estatal de contribuições ilícitas" nos últimos anos, com doações de campanha formalmente registradas e validadas, mas contaminadas pela lógica da corrupção. 
A conclusão é objetiva: empresas doavam para pagar aos políticos por ajudas passadas e/ou favores futuros.

Romance forense: Onde se ganha o pão, não se come a carne

 Charge Espaço Vital Onde se ganha o pa~o

Charge Espaço Vital Onde se ganha o pa~o


REPRODUÇÃO/JC
Em pequena comarca, o comando era do doutor Genarino, 53 anos de idade, juiz cujo casamento foi se desfazendo na medida em que a carreira se construía: mudanças frequentes (foram cinco) de uma comarca para outra, dedicação demasiada ao trabalho, estresse etc. Há seis anos, ele vivia sozinho, mas não celibatário: era habituê em experiências com mulheres de variados perfis. O que não queria mesmo era casar de novo.
De repente, surgiu Pupila, 39, viúva, bela mulher, também sem interesse em casar de novo. Gostava de estar com Genarino, de passear com ele etc. E foi assim que o romance já durava seis meses, o que para o juiz era um recorde. Mas havia outro segredo para o idílio tornar-se tão duradouro: a alcova. Pupila adorava inovações quanto aos lugares e aos jeitos de se entregar. E, assim, o par variava de motéis, lugares ermos, o banco de trás do automóvel etc.
Mas o douto juiz recusava-se à ideia de praticar as posições sexuais em seu gabinete, no foro, durante os fins de semana, embora Pupila tocasse no assunto com frequência.
- Não, Pupila! Você conhece o ditado que diz que "onde se ganha o pão não se come a carne", dizia, sem meias conversas.
Um dia, o Dr. Genarino foi informado de que haveria correição em sua vara. Como a estrutura do foro não fosse das melhores, a única sala onde o corregedor da região poderia se instalar com algum conforto (banheiro e ar-condicionado) era o próprio gabinete do juiz. Por isso, ele retirou os seus pertences e mandou fazer uma faxina. O corregedor, um juiz de carreira já próximo da aposentadoria compulsória, preferia os ambientes rústicos e assim sentiu-se à vontade no lugar que lhe foi reservado.
O tempo passou depressa e logo chegou o último dia da correição, sem sobressaltos.
Entrementes, Pupila fizera uma visita à mãe, num estado vizinho, demorando-se por duas semanas. Retornando, estava saudosa de Genarino. Recém-chegou à casa, arrumou-se e telefonou para o namorado. Ninguém atendeu. Não suportando esperar, precipitou-se em direção ao fórum, três quadras de distância. Foi dando boa tarde e entrando, até chegar ao gabinete do juiz. Deu duas batidas na porta e abriu. Ninguém. Entrou e alcançou o trinco da porta do banheiro. A porta estava fechada por dentro.
Foi então que Pupila teve a ideia de fazer uma surpresa inesquecível para o juiz seu namorado. Trancou a porta do gabinete por dentro, desnudou-se, deitou-se sobre a mesa, em decúbito frontal e ficou de olhos fechados, esperando ouvir o ruído da porta do banheiro se abrindo.
Não precisou esperar muito. Ao ranger da porta, disse languidamente, sem abrir os olhos:
- Amorzinho! Presentinho pra você!
Ao ver a mulher deitada ali, nua, o corregedor, que saía do banheiro, quase desmaiou de susto. Ficou mudo até recuperar os sentidos e dizer vacilante:
- Com licença!...
E se foi rápido do gabinete. Na porta do foro, encontrou-se com o doutor Genarino, que vinha apressado, informado que fora por um servidor, da presença de Pupila. Antes que o juiz dissesse alguma coisa, o corregedor falou nervosamente:
- Doutor Genarino, o senhor é um colega muito gentil, mas se era para exagerar no presente, que mandasse entregar embrulhado, em outro lugar. Boa tarde!
E foi embora para não voltar mais. O fato não foi mencionado no relatório da correição.
 

Ponto final

A Receita Federal - sob nova orientação - suspendeu, na sexta-feira, a isenção tributária do Instituto Lula do período de 2011 a 2014 por "desvios de finalidade" e decidiu cobrar imposto de renda e contribuições sociais, além de multa milionária.
O Fisco encerrou a investigação aberta em dezembro do ano passado sobre a entidade, fundada em 2011 pelo ex-presidente da República.
Um comunicado será enviado ao instituto nesta semana, informando das cobranças. Já era hora.