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Porto Alegre, ter�a-feira, 09 de agosto de 2016. Atualizado �s 18h53.

Jornal do Com�rcio

Panorama

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ESPET�CULO

Not�cia da edi��o impressa de 10/08/2016. Alterada em 09/08 �s 17h19min

Com�dia Histeria encena encontro entre Salvador Dal� e Sigmund Freud

Com�dia Histeria aborda encontro entre Salvador Dal� e Sigmund Freud

Com�dia Histeria aborda encontro entre Salvador Dal� e Sigmund Freud


PRISCILA PRADE/DIVULGA��O/JC
Ricardo Gruner
Uma ocasião histórica ganha contornos fictícios na peça Histeria: de um lado, Sigmund Freud, o pai da psicanálise; do outro, Salvador Dalí, mestre do surrealismo. Com texto do britânico Terry Johnson e direção de Jô Soares, a montagem tem curta temporada no Theatro São Pedro (Pç. Mal. Deodoro, s/nº) neste fim de semana. A atração pode ser conferida na sexta-feira (às 21h), no sábado (20h) e no domingo (18h). Ingressos para todas as apresentações custam entre R$ 40,00 e R$ 120,00 - e estão disponíveis na bilheteria local ou através do site www.compreingressos.com.
O espetáculo estreou em maio, em São Paulo, com Cassio Scarpin e Pedro Paulo Rangel nos papéis principais. A dupla encena uma reunião que aconteceu em Londres, no ano de 1938, e inspirou o dramaturgo inglês a trabalhar no enredo. Na versão destacada pelo autor, Freud tem suas certezas questionadas por outros dois interlocutores - enquanto a obra de Dalí é satirizada em uma visão autoparodiada dele próprio. "Ao mesmo tempo em que existe um viés sério, há um tom de comédia exacerbado. São dois terços da peça extremamente engraçados", comenta Rangel, que prefere não dar muitas pistas da história.
Segundo o ator, os espectadores cientes da trajetória dos protagonistas possuem ingredientes a mais para aproveitar o espetáculo - mas apenas como um adicional. Nenhum conhecimento prévio se faz necessário - seja sobre a psicanálise ou sobre a arte de Dalí -, já que o fundamental é apresentado do espetáculo.
O próprio intérprete passou a integrar Histeria quase de última hora e não teve tempo para aprofundar-se no trabalho de Freud. Ainda durante a fase de elaboração do espetáculo, Jô convidou Rangel para viver outro personagem, mas o artista teve de recusar em função das gravações da série Prata da casa - uma comédia de costumes que estreia na Fox após as Olimpíadas. Inicialmente escalado para o papel do médico, Antônio Petrin deixou a peça em função de saúde às vésperas da estreia, e o diretor convocou novamente Pedro Paulo Rangel - cuja agenda já estava livre.
De acordo com o ator, o restante do elenco teve dois meses para se preparar; já ele, apenas duas semanas, em que foram realizados 11 ensaios. "Não tive tempo para fazer pesquisa. Fui no susto, ajudado pelo diretor e por meus colegas. E durante a carreira do espetáculo em São Paulo fui aprimorando meu trabalho", destaca o intérprete, que nunca ouvira falar a respeito do encontro entre Dalí e Freud. "Deve ter sido muito inusitado, porque nenhum falava a língua do outro e não há notícia de intérpretes. Então, o encontro aconteceu, mas não acredito que com diálogos... deve ter sido por mímica", especula.
No texto, seu personagem recém escapou da Europa nazista, mas enfrenta uma doença incurável e já se encontra em condição delicada. A partir deste mote, a montagem contempla situações farsescas e alucinações, além de tratar de temas como a essência de um mito.
A peça já ganhou montagem dirigida por John Malkovich, em versão aclamada em diversos países da Europa - onde alcançou sucesso de público e crítica. Foi em Paris que Jô Soares conheceu e se encantou pelo material. "Ele é um diretor autoral. Tradutor, adaptador, além de também ser um comediante sobre quem não se precisa dizer nada", elogia o ator, que trabalhou com o diretor pela primeira vez em 1969.
Com um elenco que também inclui Erica Montanheiro e Milton Levy, o espetáculo tem Porto Alegre como primeira parada após a estreia em São Paulo - cidade que volta a receber temporada a partir do dia 30 de setembro. "Histeria tem uma carreira longa pela frente", vislumbra Pedro Paulo Rangel, por hora descartando outras possibilidades. "Não quero fazer nada junto com a peça. Cada coisa a seu tempo, seja na televisão ou no teatro." Outras capitais, como Salvador (no último fim de semana de agosto), também estão nos planos dos responsáveis pela produção.
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