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JC Contabilidade

- Publicada em 25 de Agosto de 2016 às 16:26

Arrecadação de ICMS no primeiro semestre tem crescimento real com a marca da receita estadual

 Contabilidade - Fabio Haeser - foto divulgação Essencial Assessoria

Contabilidade - Fabio Haeser - foto divulgação Essencial Assessoria


ESSENCIAL ASSESSORIA /DIVULGAÇÃO/JC
A recente publicação dos Índices de Participação Municipais para 2017 e o encerramento do conturbado primeiro semestre de 2016 aumentaram o interesse de prefeitos e secretários de Fazenda pelo tema arrecadação de ICMS, visto que 1/4 do imposto arrecadado pertence aos municípios. O recurso regiamente repassado para as 497 prefeituras gaúchas contém montantes que devem chegar a R$ 7,7 bilhões em 2016.
A recente publicação dos Índices de Participação Municipais para 2017 e o encerramento do conturbado primeiro semestre de 2016 aumentaram o interesse de prefeitos e secretários de Fazenda pelo tema arrecadação de ICMS, visto que 1/4 do imposto arrecadado pertence aos municípios. O recurso regiamente repassado para as 497 prefeituras gaúchas contém montantes que devem chegar a R$ 7,7 bilhões em 2016.
Já para 2017, a Sefaz-RS estima transferências de R$ 8,1 bilhões, com base nos novos índices. Friso o cumprimento da meta da Sefaz-RS de voltar a publicar o IPM provisório dentro do prazo legal, o que não ocorria há 11 anos, medida que auxilia o planejamento orçamentário das prefeituras.
No primeiro semestre de 2016, o total da arrecadação chegou a R$ 14,89 bilhões, nominalmente 12,2% a mais no comparativo com igual período de 2015 (R$ 13,27 bi), 3,3% em termos reais, com base no IPCA. Esses números são muito positivos no contexto da grave crise econômica que assola o Rio Grande do Sul e o País, ainda que a comparação se dê sobre dados de 2015, que apresentou queda da receita (-5,7%) frente a 2014.
O aumento era esperado em face da majoração geral das alíquotas (17% para 18%), bem como aumento seletivo para: TV por assinatura (de 12% para 14%), refrigerantes (de 18% para 20%), cigarros, cosméticos, entre outros, que passaram de 25% para 27% (Fundo Ampara/RS). Destaque para a cerveja, energia elétrica, telefonia e gasolina/etanol, os quais foram de 25% para 30% na base tributável.
A expectativa do Tesouro era ainda mais alta, com previsões iniciais de crescimento geral do ICMS nominal em 16,6%, número hoje tido como improvável. As atuais revisões para 2016 apontam 13,5%, o que garantiria aproximadamente 5,8% de variação real ao fim do exercício.
Ocorre que a peça orçamentária estadual continha premissas atualmente avaliadas como inalcançáveis. Caso emblemático é a variação do PIB. Enquanto o crescimento projetado chegava a 1,3%, transcorrido o fim do semestre, as estimativas do Relatório Focus, Bacen, apontam queda de -3,35% para o indicador. Semelhantes discrepâncias também são observadas para avaliações de resultados da balança comercial e variação cambial.
Assim sendo, a recessão na economia real e o impacto direto na arrecadação de ICMS são indissociáveis de uma análise ampla dos números do primeiro semestre. Neste contexto, chama atenção a constatação de que a arrecadação ordinária do imposto apresentou variação nitidamente inferior frente aos demais quesitos autos de lançamento e dívida ativa.
Conclui-se que os esforços da Receita Estadual foram imprescindíveis no aumento do ICMS. A majoração de alíquotas, por si só, não assegura níveis reais de variação positiva. A elasticidade da receita taxável (Curva de Laffer) tende a ponto crítico em ambientes recessivos, causando a chamada sobretaxação dos agentes econômicos, acarretando improdutivos os aumentos de carga tributária.
Assim sendo, os modernos mecanismos de cruzamento eletrônico de dados e parametrizações, desenvolvidos pela inteligência fiscal e tecnologia da informação da Receita Estadual, garantiram a parte mais expressiva do aumento real do ICMS nos primeiros seis meses de 2016.
Para o restante do ano, pode se estimar que a combinação de estratégias exitosas no gerenciamento da receita e a tendência, ainda que tímida, de recuperação da economia venham a garantir a sequência de meses com viés de alta na arrecadação do ICMS, assegurando quotas-partes sem sobressaltos para os municípios.
Consultor em tributos municipais e diretor da Essencial Assessoria
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