Oficializado pela Justiça Eleitoral em setembro do ano passado, o partido Novo, de orientação liberal, realiza, neste sábado, em Porto Alegre, sua primeira convenção partidária, na qual formalizará 16 nomes que concorrerão à Câmara de Vereadores nas eleições deste ano. Destes, cinco serão candidaturas femininas, atendendo à cota determinada por lei.
A sigla não estabeleceu nenhum tipo de coligação para concorrer. "Não encontramos ninguém no espectro político que simpatize com nossas ideias, não faria sentido coligar", adiantou o presidente do diretório municipal da legenda, o advogado tributarista Carlos Bonamigo.
Entre estas ideias há o regramento interno, que veda mais de uma reeleição para o mesmo cargo e que estabelece que os membros da diretoria do partido só podem concorrer a cargo público um ano após renunciarem ao posto, além de só permitir a filiação de membros com ficha limpa. "Isso acaba desestimulando. Fomos procurados por algumas pessoas, inclusive do Interior, mas quando informamos que não poderiam utilizar o diretório para promoção pessoal, muitos perdem o interesse", admite. "Mas são barreiras para limitar nossa vulnerabilidade em relação a esse tipo de uso."
Apesar de não ter construído alianças para o pleito, porém, Bonamigo informou que a legenda vem acompanhando as candidaturas do deputado federal Nelson Marchezan Jr. (PSDB) e de Fábio Ostermann (PSL), oriundo do Movimento Brasil Livre (MBL), que, segundo Bonamigo, foi um dos incentivadores do Novo em Porto Alegre.