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Opinião

- Publicada em 20 de Julho de 2016 às 17:04

Direito à cidade em tempos de golpe

A farsa do impeachment encenada em Brasília é financiada pelo poder econômico. O golpe para afastar a presidenta Dilma Rousseff (PT) terá reflexos nos municípios. Em ano de eleições municipais, é hora de pensar em como (e por quem) nossas cidades serão administradas até 2020: e também em qual modelo de cidade queremos viver?
A farsa do impeachment encenada em Brasília é financiada pelo poder econômico. O golpe para afastar a presidenta Dilma Rousseff (PT) terá reflexos nos municípios. Em ano de eleições municipais, é hora de pensar em como (e por quem) nossas cidades serão administradas até 2020: e também em qual modelo de cidade queremos viver?
Como a mobilidade urbana tornou-se questão central, temos a convicção de que é possível buscar outros modelos que levem em conta o direito à cidade e a complexidade de fatores que envolve o ir e vir. Essa preocupação é recorrente em Porto Alegre há pelo menos quatro décadas. Mas os problemas persistem, e se acentuam.
Em oposição ao modelo rodoviarista de grandes viadutos e largas avenidas, surgem movimentos sociais na defesa da retomada da escala humana, no intuito de fazer das cidades o lugar do encontro, da interação e do convívio democrático. Buscar que os espaços públicos sejam definidos e administrados de forma igualitária é uma bandeira desses movimentos, que têm na bicicleta um instrumento e um símbolo deste novo modelo de humanização.
São grupos que denunciam deficiências e equívocos das políticas públicas municipais, que influenciam a forma como se dá a relação entre as pessoas nos espaços públicos, e que priorizam uso do automóvel individual em detrimento dos modais de transporte coletivo e não motorizados. Tal escolha resulta em privilegiar indevidamente uma parcela minoritária da população. Assim, se reduzem injustamente os espaços que deveriam ser utilizados por um maior número pessoas.
Nas cidades, essa disputa é travada contra agentes políticos alinhados a essa farsa golpista capitaneada em Brasília pelo mesmo poder econômico que, em nossa Capital, rasga o Plano Diretor para favorecer a especulação imobiliária. Se quisermos um novo modelo de cidade mais justo e humano, não podemos deixar que a força da grana continue dando as cartas, submetendo interesses coletivos à lógica de interesses privados.
Vereador de Porto Alegre (PT)
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