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Estados Unidos

- Publicada em 10 de Julho de 2016 às 16:41

Violência contra negros leva milhares às ruas

A frase 'black lives matter' (vidas negras importam) foi usada como slogan das manifestações

A frase 'black lives matter' (vidas negras importam) foi usada como slogan das manifestações


KENA BETANCUR/AFP/JC
Milhares de pessoas foram às ruas pelo terceiro dia consecutivo na noite de sábado em diversas cidades dos Estados Unidos para protestar contra a morte de dois homens negros por policiais, muitas delas carregando cartazes ou vestindo roupas com a frase "black lives matter" (vidas negras importam). Os manifestantes fecharam importantes rodovias e houve confronto com a polícia. Mais de 200 pessoas foram presas em todo o país.
Milhares de pessoas foram às ruas pelo terceiro dia consecutivo na noite de sábado em diversas cidades dos Estados Unidos para protestar contra a morte de dois homens negros por policiais, muitas delas carregando cartazes ou vestindo roupas com a frase "black lives matter" (vidas negras importam). Os manifestantes fecharam importantes rodovias e houve confronto com a polícia. Mais de 200 pessoas foram presas em todo o país.
Segundo a polícia da Louisiana, 102 pessoas foram detidas em Baton Rouge, entre elas o ativista negro e ex-candidato a prefeito de Baltimore Deray McKesson. Houve confrontos entre a polícia antidistúrbio e ativistas dos Panteras Negras, alguns dos quais carregavam armas (as leis estaduais permitem carregá-las em espaços públicos). Segundo a polícia, várias foram confiscadas.
O protesto mais tenso foi em St. Paul, em Minnesota, onde cerca de 200 manifestantes bloquearam a rodovia Interestadual 94. Alguns entraram em confronto com a polícia, que tentava impedir o bloqueio. Segundo a polícia, eles jogaram pedras, garrafas e tijolos nos agentes, ferindo ao menos três. Já os manifestantes alegam que os agentes usaram gás lacrimogêneo e balas de borracha. Não há informação sobre manifestantes feridos. Pelo menos 100 pessoas foram detidas durante o ato.
A confusão ocorreu há poucos quilômetros do local onde Philando Castile, de 32 anos, foi morto por um policial em uma blitz, na quarta-feira. A morte de Castile e de Alton Sterling, de 37 anos, também negro, por um policial em Baton Rouge, em Lousiana, motivaram as manifestações. Na quinta-feira, em Dallas, durante um dos protestos, um franco-atirador matou cinco policiais em uma ação aparentemente planejada.
Em Nova Iorque, centenas de pessoas marcharam da prefeitura até a Union Square. No ápice do ato, cerca de mil pessoas fecharam a Quinta Avenida, alguns aos gritos de "sem polícia racista, sem justiça, sem paz". As manifestações ocorreram também em Nashville, no Tennessee, San Francisco, na Califórnia, em Atlanta, na Geórgia, e em Miami e Fort Lauderdale, na Flórida. Em Washington, mais de 400 pessoas fizeram uma passeata pacífica na noite de sábado, aos gritos de "somos jovens, somos fortes, vamos marchar a noite toda".

Obama pede a policiais maior tolerância

O presidente dos EUA, Barack Obama, confirmou ontem que irá a Dallas, no Texas, amanhã, para o funeral dos cinco policiais mortos.
Na Espanha, ao lado do premiê Mariano Rajoy, se pronunciou sobre os atos que tomaram as ruas de diversas cidades dos EUA, pedindo maior tolerância, respeito e compreensão por parte dos policiais com quem eles devem proteger. Pediu, também, que sejam ainda mais tolerantes com aqueles que pensam que a polícia é intolerante e usa força excessiva com negros.