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Mais médicos

- Publicada em 22 de Julho de 2016 às 17:20

Brasil recebe mais 1,2 mil cubanos

Sem fechar negociação sobre reajuste salarial, o Ministério da Saúde anunciou, na sexta-feira, a chegada de mais 1,2 mil cubanos para reposição de vagas no programa Mais Médicos. O ministro da Saúde, Ricardo Barros, também demonstrou a intenção de que as bolsas para estrangeiros sejam "provisórias" e que o projeto passe a ser composto apenas por brasileiros.
Sem fechar negociação sobre reajuste salarial, o Ministério da Saúde anunciou, na sexta-feira, a chegada de mais 1,2 mil cubanos para reposição de vagas no programa Mais Médicos. O ministro da Saúde, Ricardo Barros, também demonstrou a intenção de que as bolsas para estrangeiros sejam "provisórias" e que o projeto passe a ser composto apenas por brasileiros.
De acordo com Barros, 1,5 mil vagas serão repostas até setembro, quando vencem os primeiros contratos do programa, firmados em 2013. Além dos médicos cubanos, profissionais de outras nacionalidades e brasileiros também farão parte do grupo. O ministro também anunciou a abertura de 502 novas vagas.
Apesar do anúncio, o Mais Médicos vive um impasse diante do reajuste da bolsa dos profissionais. Ao todo, 18.240 médicos atuam na iniciativa, sendo que a maior parte deles (11.429) veio de Cuba. A ilha, entretanto, tenta negociar com o Brasil um aumento no benefício, que não teve reajustes desde sua criação, em 2013.
Cuba teria pedido um aumento de 30% na bolsa, mas o governo brasileiro teria oferecido apenas 10%. De acordo com Barros, não existem possibilidades de reajuste em 2016.

Governo prefere não abordar salário menor repassado a cubanos pela ilha

O programa oferta a mesma bolsa de R$ 10 mil a todos os profissionais, independentemente da nacionalidade. Mas, no pagamento final, os cubanos recebem apenas entre
R$ 2,5 mil e R$ 4 mil. Isso acontece porque, no caso deles, o contrato é intermediado pela Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), que repassa entre 60% e 75% do salário ao governo de Cuba.
Barros preferiu não entrar no impasse sobre quanto do valor da bolsa dos médicos cubanos é repassado para o governo da ilha e afirmou que essa questão concerne à Opas. "Pagamos o valor das bolsas à Opas, e é ela quem convoca e traz os médicos", disse. O representante da Opas no Brasil, Joaquim Molina, também não quis se delongar e transferiu a questão para o governo cubano.