Leonardo Pujol

Suzana Fontele sonha em abrir uma confeitaria, mas quer, primeiro, conhecer o mercado vendendo os produtos em casa

Ex-comissária se realiza com produção artesanal de pães e bolos

Leonardo Pujol

Suzana Fontele sonha em abrir uma confeitaria, mas quer, primeiro, conhecer o mercado vendendo os produtos em casa

Dos tempos em que trabalhava servindo passageiros além das nuvens, Suzana Fontele, 50 anos, de Porto Alegre, deparava-se com um paradoxo: ansiava por aterrissar. Ver as portas do avião abertas, para ela, era uma libertação. Mais ainda quando estava em casa, inventando receitas. "Eu amo cozinhar, amo culinária, amo gastronomia", costuma repetir.
Dos tempos em que trabalhava servindo passageiros além das nuvens, Suzana Fontele, 50 anos, de Porto Alegre, deparava-se com um paradoxo: ansiava por aterrissar. Ver as portas do avião abertas, para ela, era uma libertação. Mais ainda quando estava em casa, inventando receitas. "Eu amo cozinhar, amo culinária, amo gastronomia", costuma repetir.
Comissária de bordo por mais de 20 anos na extinta Varig, foi em 2006 que voou profissionalmente pela última vez. Desde então, dedicou-se a cuidar dos dois filhos - que, na época, eram crianças. Hoje, com eles crescidos - 18 e 20 anos -, Suzana está em uma nova fase. Seu hobby é produzir pães, bolos, tortas e biscoitos artesanais. E vendê-los, claro.
Há cerca de cinco meses, criou a Suzana's. Não é à toa que a marca leva o nome da confeiteira. Quem prova os quitutes, não raro, os referencia como "as delícias da Suzana". "É maravilhoso saber que as pessoas comem, gostam e depois se lembram de mim", derrete-se. "Essas coisas me deixam feliz."
A empresa atende a festas e eventos, e também fornece para cafés, bares e restaurantes. Normalmente, um pão de forma com especiarias custa R$ 18,00. A caixa com 200 gramas de língua de gato, R$ 16,00. Já o tiramisu inteiro, "a menina dos olhos", sai por R$ 130,00.
 Suzana Fontele, da Suzana?s Bakery.
O público-alvo do negócio é classe A. "Até porque não poupo na qualidade, o que encarece o preço final", diz. Cabe ao marido, o piloto da Gol Claudio Cervi, trazer muitos dos ingredientes. "Se ele faz um voo para Belém, traz castanha do Pará. Fortaleza, castanha de caju. Goiás, farinha", exemplifica. Recentemente, ela quase abriu uma confeitaria. Mas recuou do sonho. "Quando a Varig fechou, saí com uma mão na frente e outra atrás", lembra, sobre o fundo de pensão dos funcionários que foi perdido após a empresa ir à falência. "Fiquei com medo de perder ainda mais dinheiro."
Por enquanto, Suzana segue produzindo em casa. Quer fazer o nome da marca, entender a demanda dos clientes e aprender a lidar com a parte financeira. "Quero ter um know-how suficiente para abrir o meu negócio com os dois pés no chão", comenta ela, que por anos trabalhou com os pés no céu.
Encomendas pela página da Suzana's no Facebook e no Instagram, e-mail ([email protected]) ou WhatsApp (51 9959-0056).
 Suzana Fontele, da Suzana?s Bakery.
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