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Economia

- Publicada em 28 de Julho de 2016 às 19:05

Lucro do Bradesco cai 7,6% no 2º trimestre

Resultado líquido da instituição financeira foi de R$ 4,134 bilhões

Resultado líquido da instituição financeira foi de R$ 4,134 bilhões


FREDY VIEIRA/JC
O Bradesco registrou um lucro líquido contábil de R$ 4,134 bilhões entre abril e junho, queda de 7,6% sobre igual período do ano passado. As receitas mais fracas com créditos e o aumento das provisões para lidar com possíveis calotes contribuíram para o recuo. No acumulado do ano, o resultado chega a R$ 8,255 bilhões, uma queda de 5,3% em relação aos seis primeiros meses de 2015.
O Bradesco registrou um lucro líquido contábil de R$ 4,134 bilhões entre abril e junho, queda de 7,6% sobre igual período do ano passado. As receitas mais fracas com créditos e o aumento das provisões para lidar com possíveis calotes contribuíram para o recuo. No acumulado do ano, o resultado chega a R$ 8,255 bilhões, uma queda de 5,3% em relação aos seis primeiros meses de 2015.
A instituição financeira também divulgou as novas projeções para o desempenho no ano. Para a carteira de crédito, a expectativa foi revisada de uma expansão de 1 a 5% para estabilidade e, no pior dos cenários, uma queda de 4%. Já a projeção com provisões para devedores duvidosos (PDD) foi elevada da faixa de 16,5 bilhões para 18,5 bilhões para de R$ 18 bilhões a R$ 20 bilhões - de janeiro a junho, essa despesa somou R$ 10,472 bilhões.
Essa piora nas provisões está relacionada ao caso específico de uma empresa. O Bradesco não confirma, mas a Oi pediu recuperação judicial em junho, se transformando no maior caso de calote da história do País, com R$ 65 bilhões em crédito. "O nosso guidance (projeção) anterior para PDD não considerava o evento de um cliente específico. Tendo acontecido esse evento, realizamos a provisão de 100% do crédito (R$ 1,2 bilhão). A nossa avaliação é que isso não deve ocorrer novamente", afirmou o diretor de relações com investidores, Luiz Carlos Angelotti.
Sobre a piora nas projeções para crédito, o executivo afirma que a demanda está menor devido ao cenário de recessão econômica, mas que alguma melhora deve ser sentida entre o final do ano e no início do ano que vem. Com isso, a expectativa é que, para 2017, o total de empréstimos tenha uma expansão de 7%.
É também no mesmo período que o índice de atrasos deve se estabilizar. No segundo trimestre, a inadimplência (atrasos acima de 90 dias) era de 4,64% da carteira de crédito, ante 4,22% no trimestre anterior e 3,7% em igual período de 2015. É o quinto trimestre consecutivo de piora.
Já a carteira de crédito era de R$ 447,492 bilhões ao final de junho, recuo de 3,4% em 12 meses. A maior contração ocorreu no segmento de pessoas jurídicas. Na pessoa física, os empréstimos que possuem menor risco para o banco (consignado e imobiliário) crescem a taxas acima de dois dígitos. Com queda no lucro, a rentabilidade anualizada sobre o patrimônio líquido médio do banco caiu de 20,8% no segundo trimestre de 2015 para 17,4% de abril a junho.
Entre os desempenhos positivos, o Bradesco conseguiu incremento de 8,3% nas receitas com tarifas e serviços, para R$ 6,624 bilhões. A segmentação da carteira de clientes, com a criação da marca Exclusive, elevou os gastos dos clientes com os serviços de conta-corrente. As despesas administrativas e de pessoal somaram R$ 8,152 bilhões, incremento de 3,6% sobre o trimestre anterior e alta de 8,1% contra um ano antes.
Os dados do Bradesco ainda não consideram a incorporação da operação brasileira do HSBC. A compra foi concluída em 1 de julho, como pagamento de R$ 16 bilhões e a aprovação dos órgãos de regulação, e a consolidação de resultados será feita a partir dos resultados do terceiro trimestre.
 
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