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Conjuntura

- Publicada em 18 de Julho de 2016 às 20:36

Ibovespa tem nona alta e acumula 30% em 2016

A Bovespa teve ontem sua nona alta consecutiva, comandada principalmente pelos investidores estrangeiros, em meio ao cenário internacional mais ameno e um aumento do sentimento positivo com o Brasil. O Índice Bovespa avançou 1,63%, aos 56.484 pontos - maior nível desde 15 de maio de 2015. Nos 12 pregões de julho, o Ibovespa subiu em 11. Com isso, acumula alta de 9,62% no mês e de 30,30% no ano.
A Bovespa teve ontem sua nona alta consecutiva, comandada principalmente pelos investidores estrangeiros, em meio ao cenário internacional mais ameno e um aumento do sentimento positivo com o Brasil. O Índice Bovespa avançou 1,63%, aos 56.484 pontos - maior nível desde 15 de maio de 2015. Nos 12 pregões de julho, o Ibovespa subiu em 11. Com isso, acumula alta de 9,62% no mês e de 30,30% no ano.
A eleição de Rodrigo Maia (DEM-RJ) à presidência da Câmara dos Deputados, em substituição ao deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), é um dos pontos mais citados para justificar o bom humor do investidor do Brasil, que aposta em avanço do governo nas medidas fiscais a serem enviadas ao Congresso. Relatórios de bancos estrangeiros aumentando a recomendação de Brasil e expectativa de corte de juros no País no médio prazo também compõem essa perspectiva mais benigna.
As altas foram generalizadas no mercado, mas os analistas chamaram a atenção para um dos setores mais sensíveis à expectativa de retomada da economia, mas que andava "largado" na Bovespa recentemente: o de construção. Na lista de maiores altas do Ibovespa esteve Cyrela ON ( 3,56%). Fora do índice, ações como PDG Realty ON (12,5%) e Rossi Residencial ON ( 8,95%) foram os grandes destaques. É um setor que não vem de resultados bons, mas que refletem a expectativa de queda de juros, por exemplo, disse Castro Alves.
O setor elétrico também esteve entre as maiores altas, refletindo a expectativa de privatizações, fusões e aquisições no setor. Cemig PN subiu 5,31% e foi a quarta maior alta do Ibovespa. Copel MPNB avançou 2,59%. Já Cesp PNB, que havia subido mais de 18% na sexta-feira, com o aceno de privatização do governo de São Paulo, hoje passou por realização de lucros e caiu 2,65%, liderando as perdas do índice.
As ações da Petrobras tiveram importante papel no desempenho da Bolsa. Os papéis subiram 3,33% (ON) e 4,81% (PN), mesmo com quedas significativas nos preços do petróleo no mercado internacional. O noticiário positivo recente para a estatal foi um dos motivos para a alta, assim como o exercício de opções na Bolsa, que impulsionou os papéis.
O dólar se firmou em queda durante à tarde ajudado por um volume baixo de operações, após manhã instável. No balcão, o dólar fechou aos R$ 3,249, em queda de 0,53%. O giro total ficou em US$ 481,211 milhões, frente aos US$ 1,533 bilhão na sexta-feira, de acordo com informações registradas da BM&F Bovespa.
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Boletim Focus melhora previsão para PIB de 2016 e 2017

Os analistas do mercado financeiro ouvidos pelo Banco Central (BC) melhoraram, pela terceira semana seguida, as previsões para o desempenho da economia neste ano: o recuo deve ser de 3,25%, ante os 3,30% da pesquisa anterior. Para o ano que vem, a expansão esperada passou de 1% para 1,10%. Já a expectativa para a inflação de 2016 foi mantida em 7,26%. Em 2017, a taxa deve ficar em 5,30%, 0,10 ponto percentual abaixo do que era previsto no informe anterior.
O levantamento semanal do BC mostrou, mais uma vez, que o mercado espera uma melhora da atividade econômica. O Produto Interno Bruto (PIB) deve se encolher 3,25% neste ano. No levantamento divulgado na segunda-feira passada, os analistas esperavam que a economia recuasse 3,30%.
A melhora na expectativa acontece apesar de, na última quinta-feira, o BC ter divulgado que a economia brasileira encolheu 0,51% em maio, o pior resultado desde janeiro. Os economistas apostavam numa leve queda do Índice de Atividade Econômica da autoridade monetária (IBC-Br) por causa do desempenho dos índices setoriais. Ainda de acordo com o Focus, a economia deve avançar mais no ano que vem do que o esperado na semana anterior. Já a projeção para o IPCA deste ano foi mantida em 7,26%
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Mercado financeiro espera que taxa Selic fique em 14,25% ao ano

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MARCELO G. RIBEIRO/JC
Instituições financeiras consultadas pelo Banco Central (BC) esperam pela manutenção da taxa básica de juros, a Selic, em 14,25% ao ano, na reunião desta semana do Comitê de Política Monetária (Copom), que começa hoje e termina amanhã. Mas, até o final do ano, a expectativa é de redução da taxa básica. De acordo com as projeções, ao final de 2016 a Selic estará em 13,25% ao ano. Em 2017, a expectativa é de mais cortes na taxa Selic, que encerrará o período em 11% ao ano.
Quando Copom aumenta a Selic, o objetivo é conter a demanda aquecida, e isso gera reflexos nos preços, porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Já quando o Copom reduz os juros básicos, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, mas a medida alivia o controle sobre a inflação. Quando mantém a taxa, o Copom considera que ajustes anteriores foram suficientes para alcançar o objetivo de controlar a inflação.
O BC tem que encontrar equilíbrio ao tomar decisões sobre a taxa básica de juros, de modo a fazer com que a inflação fique dentro da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional. A meta de inflação é de 4,5%, com limite superior de 6,5% neste ano e 6% em 2017.
A expectativa de redução na taxa Selic acompanha uma estimativa de inflação menor no próximo ano. Para 2017, as instituições financeiras projetam inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), abaixo do teto da meta, em 5,30%, mas ainda longe do centro do objetivo. A projeção anterior para o IPCA em 2017 era 5,40%. Para este ano, a estimativa para o IPCA foi mantida em 7,26%, portanto acima do limite superior da meta.
Hoje, o BC vai autorizar a imprensa a realizar imagens da primeira reunião do Copom sob o comando do novo presidente da instituição, Ilan Goldfajn, e de sua nova equipe de diretores. O horário do encontro foi antecipado a partir de agora e terá início às 14h30. Antes, começava por volta das 16h30.
As centrais sindicais se reunirão hoje em frente à sede do BC, na região central de São Paulo, para protestar contra o atual patamar dos juros. A mobilização reunirá Força Sindical, Central Única dos Trabalhadores (CUT), União Geral dos Trabalhadores (UGT), Nova Central, Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB) e Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB). O ato acontecerá no primeiro dia da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom). O "Protesto contra os juros altos", nome dado à mobilização, terá início às 10h.